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Turquia decreta luto oficial por vítimas de terremoto; frio e neve dificultam resgate de sobreviventes

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan decretou, nesta segunda-feira (6), luto nacional de sete dias na Turquia, após o terremoto que matou mais de 1.700 pessoas no país, de acordo com levantamento provisório. O número de vítimas continua aumentando, enquanto equipes de resgate enfrentam o frio e a chuva para encontrar sobreviventes.

Equipes de resgate buscam sobreviventes nos destroços do terremoto, em Adana, na Turquia, nesta segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023.
Equipes de resgate buscam sobreviventes nos destroços do terremoto, em Adana, na Turquia, nesta segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023. © AP - Khalil Hamra
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Segundo o decreto publicado pelo governo turco, as bandeiras serão hasteadas a meio mastro, em todo o país até 12 de fevereiro.

O balanço de vítimas na Turquia deve aumentar, já que milhares de pessoas estão presas nos escombros dos prédios que desabaram. A chuva, a neve e a queda esperada das temperaturas ao anoitecer tornaram o trabalho de resgate e a situação dos desabrigados ainda mais difíceis.

De acordo com levantamentos provisórios, mais de 3.000 pessoas morreram até agora no sudeste da Turquia e no noroeste da Síria, no terremoto.

Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que acredita que o número de mortos na catástrofe deve ser muito maior. “Vemos sempre números oito vezes mais elevados que os iniciais”, disse à AFP a responsável de situações de urgência do escritório europeu da OMS, Catherine Smallwood.

Na Síria, país arrasado por uma década de guerra, o terremoto fez mais de mil mortos e 2.453 feridos, de acordo com os últimos balanços provisórios do ministério sírio da Saúde e de equipes de resgate nos territórios conquistados pelos rebeldes.

O primeiro tremor aconteceu às 4h17, hora local (10h17 em Brasília), no distrito de Pazarcik, na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, a 60 km da fronteira com a Síria. Dezenas de réplicas vieram depois, antes de um novo terremoto de magnitude 7,5, às 13h24 (7h24 em Brasília), na mesma região, a 4 km ao sul da cidade turca de Ekinozu.

A brasileira Eliana Monteiro Pereira, que vive na região, relatou à RFI o drama vivido por ela e a família, que estavam refugiados no carro, sem poder voltar para casa.

Ajuda internacional

O presidente americano Joe Biden disse no Twitter estar “profundamente triste com as perdas de vidas humanas e a devastação causadas pelo terremoto na Turquia e na Síria”.

“Eu pedi a minhas equipes que continuem a acompanhar a situação de perto, coordenadamente com a Turquia, e que forneçam toda ajuda necessária, seja qual for”, declarou.

Biden indicou mais tarde em outro comunicado que os Estados Unidos estavam organizando uma primeira ajuda humanitária para apoiar as autoridades turcas.

“Nossas equipes se mobilizam rapidamente para começar a apoiar os esforços de busca e salvamento da Turquia e responder às necessidades das pessoas feridas e deslocadas pelo terremoto”, declarou.

Dois destacamentos de 79 equipes de resgate estão sendo enviados pelos Estados Unidos para ajudar a Turquia em operações de busca e resgate, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, na segunda-feira.

"Parceiros humanitários apoiados pelos EUA também estão respondendo à destruição na Síria", disse o comunicado da Casa Branca.

Mais cedo, a União Europeia mandou reforços para ajudar nas buscas na Turquia, ativando seu mecanismo de proteção civil. Rússia, China, Reino Unido, Canadá entre outros países também prometeram apoio.

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