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Centenas de pessoas morreram em terremoto de magnitude 7,8 na Turquia

Pelo menos 284 pessoas morreram e 2.320 ficaram feridas no terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia nesta segunda-feira (6), de acordo com o último balanço divulgado pelo vice-presidente turco, Fuat Oktay. Na vizinha Síria, também atingida, o número de mortes já ultrapassa 300. A União Europeia enviou equipes de resgate para a Turquia. 

Pessoas e equipes de resgate tentam alcançar moradores presos dentro de edifícios desmoronados em Adana, Turquia, segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023.
Pessoas e equipes de resgate tentam alcançar moradores presos dentro de edifícios desmoronados em Adana, Turquia, segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023. AP
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Na vizinha Síria, também atingida, o terremoto causou pelo menos 386 mortes e 988 feridos no norte do país, de acordo com estimativas provisórias relatadas pela mídia estatal e socorristas na zona rebelde. O total de mortos, somando Turquia e Síria, é de 670.

Mais de mil prédios desabaram completamente, o que sugere um número mais grave de mortos e feridos, disse o vice-presidente. Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a área, devido a tremores secundários e temores de explosões.

Segundo Oktay, pelo menos três dos aeroportos da área afetada – Hatay, Maras e Gaziantep – foram fechados ao tráfego. Os motivos não foram especificados, mas essas três cidades estão entre as mais atingidas.

Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.

Segundo dados do vice-presidente, houve 70 mortos, 200 feridos e 300 prédios desabados em Maras, centro-leste do país, na Anatólia.

Em Gaziantep, perto da fronteira com a Síria, o saldo é de 80 mortos, 600 feridos e quase 600 prédios desabados.

 

Situação "catastrófica"

Na Síria, as cidades mais afetadas são Aleppo, Hama, Latáquia e Tartus, balneário às margens do Mediterrâneo. Nas regiões nas mãos dos rebeldes, perto da Turquia, são os Capacetes Brancos - socorristas que se mobilizam nessas áreas - que contabilizam as vítimas.

Os Capacetes Brancos disseram que a situação era "catastrófica" e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

O forte terremoto chegou a ser sentido por habitantes do Líbano e da ilha de Chipre. Nas redes sociais, centenas de pessoas soterradas pedem socorro às equipes de resgate, tentando ajudar os bombeiros a localizá-las sob os escombros.

A RFI entrevistou Hakem Bilgin, presidente da filial turca da Médicos do Mundo: "Por enquanto, a cidade mais atingida é Hatay. Há muita destruição de prédios , principalmente na parte nova da cidade mas também muitos estragos na parte histórica", disse.

"Estamos em contato para uma coordenação com as autoridades locais. As ONGs locais também estão se coordenando, esquipes estão se dirigindo aos locais mais atingidos. A Médicos do Mundo foi uma das primeiras a chegar porque já tinhamos equipes na cidde de Hattay. A prioridade é socorrer as vítimas e buscar pessoas tidas como desaparecidas nos escombros. No momento, não podemos falar em número de vítimas, mas nas proximas horas faremos um balanço mais preciso", completou Hakem Bilgin. 

(Com informações da AFP)

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