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Candidata da oposição Corina Yoris não conseguiu se inscrever para disputar presidência da Venezuela

Um total de 12 candidatos participarão das eleições presidenciais da Venezuela. O período de inscrição chegou ao fim à meia-noite desta segunda-feira (25), marcado por controvérsias. O sistema digital do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não habilitou o acesso da candidata Corina Yoris, da Plataforma Unitária Democrática (PUD), de acordo com denúncias de lideranças dessa coalizão.

Maria Corina Machado (à esq.) e Corina Yoris (à dir.), que não conseguiu acessar a plataforma para inscrever sua candidatura para concorrer à presidência da Venezuela.
Maria Corina Machado (à esq.) e Corina Yoris (à dir.), que não conseguiu acessar a plataforma para inscrever sua candidatura para concorrer à presidência da Venezuela. © AP/Ariana Cubillos
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Eliana de Aragão Jorge, correspondente da RFI na Venezuela

O cadastro digital era o primeiro passo para a inclusão do candidato no sistema eleitoral. Sem conseguir acesso, a professora universitária de 80 anos, indicada pela vencedora das primárias Maria Corina Machado, não poderá enfrentar Nicolás Maduro nas urnas no próximo 28 de julho.   

Entre os candidatos que conseguiram fazer a inscrição estão o ex-preso político Daniel Ceballos, o comediante Benjamín Rausseo, o pastor evangélico Javier Bertucci, e o atual governador do estado Zulia (oeste do país) Manuel Rosales, considerado o principal adversário do atual presidente.

O período de inscrição no registro eleitoral durou apenas cinco dias. Atores políticos chegaram a pedir a prorrogação do prazo. Mas o presidente do CNE, Elvis Amoroso, não autorizou a prorrogação do período de registro dos candidatos.

Já o presidente Nicolás Maduro esteve pessoalmente no CNE, onde cumprimentou os reitores da instituição. Em seguida, ele fez um ato público em uma praça central da capital venezuelana cercado por integrantes do Grande Polo Patriótico, coalizão que reúne dez partidos ligados ao chavismo e criada em 2012.  

Prisões

Durante o ato foram presas três pessoas acusadas de planejar um atentado contra Nicolás Maduro. De acordo com integrantes da comitiva presidencial, elas seriam integrantes do partido Vente Venezuela, o mesmo de Maria Corina Machado.

Na tarde de segunda-feira, a opositora denunciou que se o candidato rival ao chavismo “for escolhido” pelo governo e o pleito não pode ser considerado uma eleição.

Pelas redes sociais a Plataforma da Unidade Democrática denunciou “a todos os venezuelanos e ao mundo” que “Nicolás Maduro nunca permitiu que nos fosse dado acesso ao sistema de apresentação para poder inscrever a candidata da Unidade”.

Reações 

As reações internacionais ao processo de registro eleitoral foram contundentes. Os governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai expressaram, na tarde desta segunda-feira, preocupação com os impedimentos enfrentados pelos candidatos para acessar o sistema eleitoral venezuelano.

No entanto, o Brasil ficou de fora e preferiu não assinar o comunicado divulgado por governos de vários países da América Latina

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