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Cerca de 100 manifestantes pró-Palestina são detidos pela polícia em universidade americana

Quase 100 manifestantes pró-Palestina foram detidos na manhã deste sábado (27) no campus da Universidade Northeastern, em Boston, nos Estados Unidos. O acampamento foi esvaziado pela polícia e participantes soferão medidas administrativas.  

A polícia de Boston prendeu mais de 100 estudantes perto do Emerson College, após protestos pró-Palestina na quinta-feira, 25 de abril de 2024, em Boston.
A polícia de Boston prendeu mais de 100 estudantes perto do Emerson College, após protestos pró-Palestina na quinta-feira, 25 de abril de 2024, em Boston. © AP - David L Ryan
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"Como parte da evacuação do campus universitário, quase 100 pessoas foram detidas pela polícia. Os estudantes que apresentaram o documento de identificação da Universidade Northeastern foram liberados (...) Aqueles que se negaram a comprovar o vínculo foram detidos", afirmou o centro universitário na rede social X.

A universidade destacou que, durante a noite de sexta-feira, os manifestantes proferiram "violentos insultos antissemitas".

As manifestações de apoio aos palestinos e contra a guerra travada por Israel na Faixa de Gaza iniciaram na semana passada, na Universidade de Columbia, em Nova York, e se propagaram por vários campi americanos, da Califórnia à Nova Inglaterra (nordeste), passando pelo sul do país.

"O que começou há dois dias como um protesto estudantil foi infiltrado por organizadores profissionais sem ligação com a Universidade Northeastern", denunciou o centro de ensino de Boston, cidade histórica do nordeste dos Estados Unidos que também abriga a renomada Universidade de Harvard.

Os estudantes detidos no campus serão submetidos a "procedimentos disciplinares", mas "não a medidas jurídicas", segundo o comunicado da universidade.

A reitoria da Universidade Columbia, epicentro do movimento, anunciou que desistiu de recorrer à Polícia de Nova York (NYPD) para esvaziar o acampamento instalado em seu campus, ao norte da ilha de Manhattan, mas afirmou que um dos líderes do movimento foi proibido de entrar na área da universidade.

Mobilização na França

Na França, a mobilização pró-palestina aconteceu na Sciences Po Paris, onde estudantes passaram a noite de quinta-feira (25) no prédio histórico da escola e bloquearam a principal entrada, constatou a AFP. A Sciences Po tem aliança com a Columbia de Nova York.

Neste sábado, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, afirmou que “nunca haverá direito ao bloqueio” nas universidades. A mobilização pró-palestina na Sciences Po, em Paris, acabou com um acordo entre manifestantes e a administração da escola.

“Nunca haverá direito ao bloqueio, nunca haverá tolerância com a ação de uma minoria ativa e perigosa que procura impor as suas regras aos nossos alunos e aos nossos professores”, declarou Attal. O primeiro-ministro lamentou “o espetáculo comovente e chocante” do bloqueio e ocupação parcial do estabelecimento de ensino parisiense por manifestantes pró-Palestina, que durou até sexta-feira (26) e se transformou num confronto tenso com outros manifestantes pró-Israel.

A situação se acalmou à noite, depois da administração ter anunciado a suspensão dos processos disciplinares e a organização de um debate interno na próxima semana.

(Com RFI e AFP)

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