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Após protestos, Milei garante que vai manter as universidades públicas abertas na Argentina

O presidente argentino, Javier Milei, assegurou neste domingo (28) que vai manter as universidades públicas abertas e criticou seus opositores, cinco dias após o maior protesto organizado até agora contra as medidas de austeridade impostas pelo seu governo.

Protestos contra o presidente argentino, Javier Milei, nesta terça-feira (23).
Protestos contra o presidente argentino, Javier Milei, nesta terça-feira (23). © Natacha Pisarenko / AP
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Em duas longas entrevistas, Milei disse que a oposição inventa mentiras e “ataca o governo a partir dessas mentiras", além de instrumentalizar "uma causa nobre", que é a educação gratuita. “Como os contribuintes estão financiando as universidades públicas, exigimos que haja auditorias. Faz dez anos que não há auditorias. Quem é contra auditoria? O ladrão."

Centenas de milhares de pessoas foram às ruas na última terça-feira (23) em Buenos Aires e nas principais cidades do país. A passeata foi convocada por estudantes, ex-estudantes e professores universitários, mas contou também com a participação de sindicatos, partidos da oposição e da população em geral.

As universidades argentinas declararam emergência orçamentária depois que o governo prorrogou, neste ano, o orçamento de 2023.

Na semana passada, Milei concedeu "um aumento de 70% dos gastos em março e outros 70% em maio", além de uma quantia extraordinária para hospitais universitários. Os recursos são considerados insuficientes, já que a inflação da Argentina foi de 11% em março, o que corresponde a 290% no acumulado dos últimos doze meses.

Passeata teve "atores contratados", diz Milei

Neste domingo, Milei criticou o fato de a passeata ter sido realizada "apesar do repasse dos fundos". Ele também denunciou a participação de "atores contratados".

O presidente argentino também considerou a presença de pessoas que votaram nele no segundo turno "minoritária". A marcha "é politicamente uma grande derrota da oposição e uma grande vitória da situação", assegurou.

Segundo Milei, a inflação mensal pode cair abaixo de 10% em abril. Ele também se mostrou otimista sobre o futuro da Argentina, apesar metade da população estar na pobreza.

As medidas de ajuste propostas pelo seu governo incluíram demissões de funcionários públicos, fechamento de repartições, cortes de subsídios, aumento de tarifas públicas e congelamento de orçamentos. 

"Depois de cem anos de destruição populista, demos início a uma mudança de 180 graus. Vamos sair disso e vamos ficar bem", prometeu.

(Com informações da AFP)

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