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Trump e Biden vencem na "Super Terça" e devem se enfrentar novamente na corrida à Casa Branca

O ex-presidente americano, Donald Trump, venceu em 14 estados durante as prévias republicanas na "Super Terça" nos Estados Unidos. Ele deverá representar o Partido Republicano nas eleições presidenciais de novembro, quando provavelmente enfrentará o presidente Joe Biden, que sem surpresa ganhou em 15 estados nas primárias dos democratas.

O ex-presidente  dos EUA Donald Trump deverá representar o partido Republicano na eleição presidencial americana
O ex-presidente dos EUA Donald Trump deverá representar o partido Republicano na eleição presidencial americana © Rebecca Blackwell / AP
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Trump já foi declarado vencedor em 12 estados, além da Califórnia e do Texas, segundo informações do jornal The New York Times. A nomeação republicana exige o apoio de 1.215 delegados. 

"Foram uma noite e um dia incríveis. Foi um período incrível na história de nosso país", afirmou Trump aos apoiadores, reunidos em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida. "Obrigado - MAGA!", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social, citando o lema trumpista "Make America Great Again." 

Nikki Haley, a última candidata republicana que enfrenta Donald Trump, obteve os votos dos delegados em Vermont e se tornou a primeira mulher a vencer em um estado durante uma primária republicana. Em um comunicado, a equipe de Haley escreveu que "ainda existia um grande número de eleitores republicanos que demonstravam preocupação em relação a Donald Trump".

O ex-presidente enfrenta diversos processos na Justiça e foi acusado pela Câmara dos Representantes, quando tinha maioria democrata, de ter incentivado a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Ele foi absolvido pelo Senado em fevereiro do mesmo ano, mas ainda enfrenta 91 acusações por crimes graves. Apesar dos problemas com a Justiça, Trump continua sendo popular entre os eleitores de classe média baixa, brancos e de áreas rurais.

No Texas, o estado mais populoso dos Estados Unidos ao lado da Califórnia, os trumpistas venceram sem dificuldade e o clima foi de comemoração, explica o correspondente da RFI em Houston, Thomas Harms. 

Com o apoio de mais de 92% dos delegados na "Super Terça", Donald Trump já pode voltar suas atenções para as eleições de novembro. Um de suas porta-vozes aconselhou Nikki Haley a desistir da disputa. "As primárias acabaram, as eleições gerais começaram".

Haley, ex-embaixadora na ONU de 52 anos, representa a ala moderada do Partido Republicano e promete restaurar a "normalidade" face ao "caos de Trump". Agora resta saber se ela continuará na disputa ao fim da "Super Terça".

Desde 15 de janeiro, o ex-presidente venceu quase todas as primárias do seu partido, com exceção de Washington, onde Nikki Haley se impôs no domingo.  

Biden pede mais recursos

Trump "está decidido a destruir nossa democracia, colocando um fim em liberdades fundamentais, e aprovando outra rodada de bilhões de dólares em cortes de impostos para os ricos. Ele fará ou dirá qualquer coisa para chegar ao poder", afirmou Biden em um comunicado divulgado por sua equipe de campanha.

"Trump está 'arrasando' nas primárias republicanas da 'Super Terça' em todo o país. Seremos nós mesmos contra toda a direita trumpista nestas eleições. Preciso de sua ajuda", diz Biden.

O bilionário quer focar o mais rápido possível em uma revanche com Joe Biden, que busca a reeleição, antes de se concentrar em seus problemas jurídicos. Seu primeiro julgamento criminal começa em 25 de março em Nova York.

Já Biden, de 81 anos, concorre à reeleição sem nenhum grande rival nas primárias. As candidaturas de dois democratas, o deputado Dean Phillips do Minnesota e a autora de livros de autoajuda Marianne Williamson, nunca despertaram entusiasmo, apesar das críticas recorrentes dos eleitores sobre a idade do presidente ou seu apoio a Israel.

As disputas democratas desta terça-feira foram, desta forma, uma mera formalidade. Biden terá que defender a sua política e visão para os Estados Unidos na quinta-feira, durante um importante discurso de política geral diante do Congresso.

(RFI e AFP)

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