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Norte de Gaza está sem hospitais após novos ataques de Israel, afirma Hamas

O vice-primeiro ministro da Saúde do governo do Hamas disse nesta segunda-feira (13) que "todos os hospitais ao norte da província de Gaza" estão fora de funcionamento. Os combates entre as forças israelenses e o Hamas vêm se intensificando em torno dos estabelecimentos desde sexta-feira (10), na cidade de Gaza, que estão sem eletricidade e combustível para os geradores.

Imagem de satélite mostra o hospital de al-Shifa, em Gaza, em  11 de novembro de 2023.
Imagem mostra ataque a hospital de al-Shifa, em Gaza. via REUTERS - MAXAR TECHNOLOGIES
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Neste domingo (11), milhares de pessoas ficaram retidas no hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. O edifício foi alvo de disparos e ataques que, segundo o Hamas, destruíram os departamentos de cardiologia, cirurgia e cirurgia ambulatória.

O Exército israelense acusa o Hamas de utilizar os hospitais como centros de comando ou esconderijos, o que o grupo nega.

Nesta segunda-feira, o vice-ministro da Saúde do Hamas afirmou que seis bebês prematuros e nove pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) morreram por conta da falta de eletricidade no hospital al-Chifa. Os enfermeiros estão realizando massagens cardíacas manuais.

A falta de combustível já havia deixado fora de serviço outro hospital na Cidade de Gaza, o de Al Quds, segundo o Crescente Vermelho palestino.

"O hospital teve que se valer por si só sob os bombardeios contínuos de Israel, o que representa grandes riscos para o pessoal médico, os pacientes e os civis deslocados", denunciou a organização.

A UE "condena o uso de hospitais e civis como escudos humanos pelo Hamas" e pede a Israel que faça o máximo para proteger os civis, declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em um comunicado.

Israel prometeu destruir o Hamas, após o ataque cometido em 7 de outubro pelo movimento extremista em seu território, que deixou em torno de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades. Cerca de 240 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza, segundo a mesma fonte.

Acordo para retirar reféns

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou que neste domingo estava avaliando um possível acordo para a libertação dos reféns mantidos em Gaza.

"Quanto menos eu me manifesto sobre o assunto, mais aumento as chances de isso se concretizar", disse o premiê durante entrevista à emissora americana NBC.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mais de 11.000 pessoas morreram até agora nos ataques - a maioria civis e crianças. Israel mantém o território cercado, o que impede o abastecimento de água, comida e combustível.

EUA bombardeia Síria

Os Estados Unidos bombardearam neste domingo (12) duas instalações ligadas ao Irã na Síria, em resposta a ataques contra funcionários na região, de acordo com o secretário de Defesa, Lloyd Austin.

"As forças militares dos Estados Unidos realizaram ataques contra instalações no leste da Síria usadas pelo Exército de Guardiães da Revolução Islâmica do Irã e grupos afiliados ao Irã, em resposta aos contínuos ataques contra funcionários americanos no Iraque e na Síria", declarou Austin em um comunicado.

Esta é a terceira vez em menos de três semanas que o Exército americano ataca locais na Síria que considera ligados ao Irã, que apoia vários grupos armados. "Os ataques foram realizados contra um centro de treinamento e uma instalação próxima às cidades de Albu Kamal e Mayadeen, respectivamente", acrescentou.

Na quarta-feira, os Estados Unidos atacaram um depósito de armas na Síria vinculado a Teerã, e em 26 de outubro também atingiram duas instalações no país usadas pelo Irã e organizações afiliadas.

Washington afirma que a série de operações é uma resposta aos repetidos ataques contra as forças americanas no Iraque e na Síria - mais de 45 desde 17 de outubro - que feriram dezenas de militares americanos.

O aumento das operações está relacionado à guerra entre Israel e o Hamas, afirmam os EUA. Há cerca de 2.500 soldados americanos no Iraque e aproximadamente 900 na Síria, que continuam no local para evitar o ressurgimento do grupo Estado Islâmico.

(Com informações da AFP)

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