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Rússia/Síria

Putin defende que países ocidentais mudem de postura sobre a Síria

O presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu que os países que participam das discussões para a solução do conflito na Síria mudem de posição. Em entrevista ao canal de TV Russia Today, transmitida na manhã desta quinta-feira, Putin tomou como exemplo a situação no Afeganistão para ilustrar a tese de que intervenções estrangeiras não resolvem problemas internos de instabilidade política.

O presidente russo Vladimir Putin durante cúpula da Apec em Vladivostok, nesta quarta-feira.
O presidente russo Vladimir Putin durante cúpula da Apec em Vladivostok, nesta quarta-feira. REUTERS/Grigory Dukor
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“Porque somente a Rússia deveria rever sua posição? Talvez nossos parceiros no processo de negociação também deveriam mudar de posição?”, sugeriu o presidente russo.

Putin defende sua postura citando exemplos de iniciativas dos países parceiros da Rússia que, segundo ele,  “não terminaram como gostariam”.

“Os Estados Unidos entraram no Afeganistão. Agora ele só pensam em uma coisa: como sair. E o que acontece nos países árabes, no Egito, na Líbia, na Tunísia, no Iêmen? A ordem e o bem-estar imperam? E qual é a situação do Iraque ?”, questionou.

Sobre o apoio dos países ocidentais à oposição ao regime do presidente Bashar Al-Assad, tradicional aliado de Moscou, Putin argumentou que seria como enviar soldados presos em Guantânamo para combater na Síria, uma referência à prisão militar americana em Cuba onde estão presos supostos membros da rede terrorista Al-Qaeda.

“Alguns querem usar combatentes da Al-Qaeda ou de outras organizações também extremistas para atingir seus objetivos, mas não podemos perder de vista que depois essas pessoas podem atacar seus apoiadores”, afirmou Putin. A Rússia tem sistematicamente rejeitado aprovar resoluções no Conselho de Segurança da ONU contra a Síria.
 

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