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Putin/França

Em Paris e em Berlim, Putin rejeita sanções contra a Síria

O presidente russo, Vladimir Putin, foi recebido nesta sexta-feira à noite pelo presidente francês, François Hollande. Putin faz um mini giro internacional e chega a Paris depois de um encontro com a chanceler Angela Merkel, em Berlim. Em ambos encontros, apesar da pressão por sanções à Síria, Putin manteve posição de defesa do governo de Bachar al-Assad.

Manifestante anti-Putin diante da Torre Eiffel em Paris nesta sexta-feira.
Manifestante anti-Putin diante da Torre Eiffel em Paris nesta sexta-feira.
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Em uma coletiva de imprensa depois da reunião e antes de um jantar de trabalho, Hollande afirmou que não há solução possível na Síria sem a saída do poder de Bachar al-Assad. “É preciso haver sanções”, acrescentou o francês, que citou os riscos de desestabilização como resultados de uma guerra civil. Putin, por sua vez, declarou que "sanções estão longe de serem eficazes".

Os dois presidentes anunciaram ainda a intenção de “reunir rapidamente um seminário intergovernamental”, precedido de um conselho econômico e financeiro.

Pressões

Tanto na França quanto na Alemanha, o Vladimir Putin enfrenta pressões para mudar sua posição de apoio ao regime de Bashar al-Assad. Durante todo o dia em Paris, militantes da organização Anistia Internacional estarão mobilizados. Em manifestações em toda a cidade, eles vão utilizar patinetes elétricos e mostrar cartazes ironizando o jantar de Putin e Hollande. A organização criou um “cardápio” com a lista das violações dos direitos humanos na Rússia e na Síria.

O “cardápio do dia” da Anistia Internacional propõe como entrada um “fricassé de repressão de liberdades”, como prato consistente um “velouté de venda de armas ao molho sírio com Bashar al-Assad”, e como sobremesa um “petit gateau tchetcheno com calda de civis mortos”.

A Anistia pede ao presidente francês que exija de Vladimir Putin, que não forneça mais armas russas ao regime de Al-Assad, que use sua influência para acabar com as graves violações de direitos humanos na Síria, e que investigue as agressões contra os defensores dos direitos humanos e dos jornalistas na Rússia.

Putin foi recebido hoje em Berlim por Angela Merkel, em seu primeiro giro internacional, depois de sua posse, que começou quinta-feira em Minsk. Ele foi recebido com honras militares na corte da chancelaria alemã, enquanto manifestantes agitavam bandeiras Sírias e vaiavam. Os dois dirigentes almoçaram juntos.

Algumas horas antes da chegada de Putin na Alemanha, o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, pediu a Moscou que repensasse seu apoio ao presidente Baschar al-Assad. “A Rússia deve reconhecer que nós trabalhamos contra os interesses estratégicos russos quando nós queremos cessar a violência na Síria”, afirmou ao jornal Die Welt.

O presidente russo virá posteriormente à França pela primeira vez. O presidente François Hollande afirmou esta semana que era necessário tentar mudar a posição da Rússia que bloqueia, há meses, junto com a china, toda sanção às autoridades sírias pelo Conselho de Segurança da ONU.
 

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