Acessar o conteúdo principal
Unesco/palestinos

Palestinos querem que Basílica de Belém seja patrimônio mundial

Os líderes palestinos esperam capitalizar sua adesão como estado-membro da Unesco obtendo oficialmente o título de patrimônio mundial para a Basílica da Natividade de Belém. A candidatura foi encaminhada ao Comitê da Unesco que se reúne de 26 a 6 de julho, em São Petersburgo, para dar o sinal verde aos novos bens culturais e imateriais da humanidade.

Basílica da Natividade de Belém
Basílica da Natividade de Belém Wikipedia
Publicidade

Os palestinos, que integraram a Unesco como estado-membro em outubro de 2011, querem transformar a Igreja da Natividade e a rota de peregrinação à Belém, como “lugar do nascimento de Jesus”, durante a sessão anual do Comitê do Patrimônio Mundial que acontece na ex-capital da Rússia Imperial.

 “Belém, seu centro histórico e suas igrejas foram alvos de ataques militares israelenses deliberados, em 1967 e novamente entre 2011 e 2002.  A maior parte do que foi restaurado pela comunidade internacional foi destruída pelas forças de ocupação”, afirmam as instituições de Belém, em uma carta aberta enviada ao Comitê.

 “Nossa designação como Patrimônio Mundial não é somente um direito, mas uma necessidade”, afirmam.

 “Nós acreditamos que todos nossos amigos que votaram em favor da Palestina na Unesco votarão por Belém em São Petersburgo e pedimos aos países que não apoiam, que compreendam que temos o direito, como palestinos, de proteger nossa cidade e nossa herança”, afirmou o vice-prefeito, Georges Saadé.

 “É importante para nós que os turistas façam este circuito e visitem Belém como cidade palestina”, insistiu Saadé em referência à dominação do turismo religioso na Terra Santa por Israel .

 Pressão

Belém é o principal destino turístico dos territórios palestinos ( 2 milhões de turistas em 2011). Construída na época do imperador romano Constantino, no século 4 e restaurada no século 6,  a basílica da Natividade é uma das igrejas mais antigas do cristianismo.

 “Nós precisamos de 19 milhões de euros para restaurar a Igreja”, estima o chefe da missão da basílica, Ziad al-Bandak , citando entre os problemas a necessidade de reformar o teto para evitar infiltrações.

 O pedido dos palestinos foi feito em caráter de urgência diante da degradação acelerada do conjunto arquitetônico  devido a falta de trabalho de restauração nos últimos 50 anos.

 A candidatura teve um primeiro impacto negativo após o parecer desfavorável dos especialistas do Conselho Nacional dos Monumentos e Sítios (Icomos) que pediu para os palestinos fazerem uma revisão do projeto, criticando "a falta de um estudo sobre a pertinência da delimitação ou das exigências de proteção da gestão do local”.

 As autoridades palestinas acusam o parecer de “ato politizado” devido a pressão dos Estados Unidos. Na sua decisão, o Comité do Patrimônio pode descartar a opinião dos especialistas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.