François Hollande ganha 21 pontos de popularidade após atentados terroristas
Os franceses aprovaram, definitivamente, a gestão do presidente François Hollande nos atentados terroristas da semana passada. Uma pesquisa do Instituto de Opinião Pública nacional (Ifop) divulgada nesta segunda-feira (19) mostra que o chefe de Estado ganhou 21 pontos de popularidade e tem agora 40% de aprovação.
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François Hollande, que até então tinha o recorde do presidente mais impopular da França, agora é o campeão no quesito recuperação de opiniões favoráveis, segundo o Ifop. Outros institutos de pesquisa do país confirmam o aumento da popularidade do presidente, que chegou a ter apenas 18% de aprovação dos franceses.
“Esse é um fenômeno raríssimo”, aponta o diretor-geral-adjunto do Ifop, Frédéric Dabi. Ele explica que o único caso comparável ao aumento exponencial de popularidade Hollande é o do ex-presidente François Mitterrand, que ganhou 19 pontos nas opiniões favoráveis em 1991, durante a Guerra do Golfo.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, pegou carona na mudança de opinião dos franceses e subiu 17 pontos, chegando a 61% de aprovação popular, contra 44% há alguns meses. “Eles viram em Valls um verdadeiro homem de Estado”, diz Dabi destacando o tão elogiado discurso do premiê na Assembleia, na semana passada.
Oposição menospreza popularidade do governo
Para o partido União por um Movimento Popular (UMP), de Nicolas Sarkozy, principal rival de Hollande, o aumento da popularidade do governo não passa de uma “bolha especulativa”. “Ela vai estourar quando o país voltar ao normal”, disse o porta-voz da UMP, Sébastien Huyghe.
Ex-ministro do governo de Sarkozy, Bruno Le Maire (UMP) prevê uma “gigantesca decepção e um drama para a Nação”, caso os socialistas não evoluam na questão econômica, não melhorem as alianças diplomáticas e não reformem a educação francesa.
Já o polêmico Jean-Marie Le Pen, do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), publicou em seu Twitter que o aumento da aprovação do governo se deve a “uma semana de monopólio midiático” da parte dos socialistas.
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