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Controladores aéreos convocam greve na França: aeroportos podem ter 75% dos voos cancelados

Os controladores aéreos franceses convocaram uma greve de um dia para esta quinta-feira (25), em um movimento que deve provocar o cancelamento de mais da metade dos voos nos dois principais aeroportos de Paris. A mobilização foi convocada após o fracasso das negociações sobre aumentos salariais e sobre um projeto de reforma do sistema de controle do tráfego aéreo francês.

A greve dos controladores aéreos na França traz novamente à tona os temores de paralisações durante as Olimpíadas.
A greve dos controladores aéreos na França traz novamente à tona os temores de paralisações durante as Olimpíadas. AP - Jacques Brinon
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As companhias aéreas terão que cancelar 75% dos voos no aeroporto de Orly e 65% nos de Paris-Roissy e Marselha. A Direção-Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa também vai pedir às empresas que cancelem 60% dos voos em Toulouse e Nice, e 50% em outros aeroportos. O principal sindicato do tráfego aéreo, SNCTA, indicou que também pode haver uma greve de 9 a 11 de maio.

O anúncio desta greve, faltando três meses para a abertura das Olimpíadas, suscita novos comentários na imprensa francesa sobre o risco de mobilização dos sindicatos durante o evento esportivo, quando o país receberá um número ainda maior de visitantes. A tensão está aumentando no setor de transportes, crucial para o sucesso das Olimpíadas.

Mesmo se o setor afirma que não têm planos de fazer greve durante o período das competições, o jornal Le Figaro noticia a greve dos controladores de tráfego aéreo qualificando a mobilização como “a grande chantagem antes dos Jogos Olímpicos”.

O diário Libération alerta para “uma quinta-feira sombria nas pistas de voo”. Libé aponta que as negociações com o governo e a Autoridade de Aviação Civil Francesa (DGAC) para evitar uma greve dos controladores de tráfego aéreo franceses fracassaram, e por isso, o principal sindicato anunciou esta "mobilização recorde perto de 100%" do pessoal.  

Segundo o jornal, o Sindicato Nacional dos Controladores de Tráfego Aéreo (SNCTA) e os outros sindicatos protestam contra o plano de reformular a organização do controle de tráfego aéreo para lidar com o aumento previsto de 20% a 30% no tráfego até 2030, em troca de salários mais altos e contratações. O setor pede um aumento líquido de 5% ao ano no período de 2023 a 2027.  

A Federação Nacional de Aviação estaria preocupada com o reflexo no custo das passagens. Mas os aeroviários defendem que o aumento custará apenas alguns centavos por passagem e que a tarifa na França seria "a mais barata da Europa".  

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