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Superprodução francesa “Jeanne du Barry”, com Johnny Depp, não empolga Festival de Cannes

O filme de época escrito, dirigido, produzido e protagonizado pela francesa Maïwenn abriu a 76ª edição do Festival de Cannes, fora da competição, nessa terça-feira (16). A competição oficial começa nesta quarta-feira (17) com dois filmes entrando na disputa pela Palma de Ouro.

Cena de"Jeanne du Barry", filme que abriu o Festival de Cannes de 2023.
Cena de"Jeanne du Barry", filme que abriu o Festival de Cannes de 2023. © Stéphanie Branchu / Why Not Productions
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Adriana Brandão, enviada especial a Cannes

“Jeanne du Barry” não empolgou a plateia e os críticos. O longa de € 20 milhões foi um dos mais caros produzidos na França em 2022. O filme de época conta a história da última favorita do rei Luís 15, uma cortesã sem títulos de nobreza, que usa de sua beleza, sedução e cultura para integrar a aristocracia francesa, mas é menosprezada pela corte de Versalhes.

A superprodução é protagonizada pela própria diretora. Maïwenn contracena com Johnny Depp, que no papel de Luís 15 volta às telas depois dos polêmicos processos sobre violência doméstica mútua e difamação contra sua ex-mulher, Amber Heard. O ator foi afastado de Hollywood e essa reabilitação pelo cinema francês gerou críticas que apontam uma conivência “com os poderosos da indústria cinematográfica mundial”.

A bela Maïwenn/Jeanne du Barry rouba a cena diante de um Johnny Depp/Luís 15 envelhecido, que articula pausadamente as réplicas em francês. A fotografia e as imagens são bonitas, mas a caracterização da corte é caricatural. Um filme longe das cinco produções anteriores da diretora, como “Polisse”, marcadas por muita ousadia e improvisações.

Início da competição

Depois da cerimônia de abertura, a competição pela Palma de Ouro começa para valer nesta quarta-feira (17) com a exibição dos dois primeiros filmes da seleção oficial. Pelo menos hoje, a paridade foi respeitada: o japonês Kore-Eda e a francesa Catherine Corsini inauguram a disputa.

Kore-Eda, que já venceu a Palma de Ouro com “Assunto de Família” em 2018, será o primeiro a subir o tapete vermelho do festival nesta quarta. Ele apresenta em Cannes Monster, sobre um menino, órfão de pai, que começa a ter problemas de comportamento. A mãe procura a escola, um professor é apontado como responsável, mas no desenrolar da história a realidade se revela muito mais complexa.

“O retorno” da veterana francesa Catherine Corsini é o segundo filme do dia. Rodado na Córsega, o longa conta a história da babá de uma família parisiense que vai durante as férias a ilha para cuidar dos filhos do casal. A doméstica volta à Córsega 15 anos depois de ter deixado tragicamente o local com as duas filhas. As adolescentes acompanham a mãe na viagem e vão descobrir fatos escondidos de sua história. Catherine Corsini quase ficou de fora da competição, por suspeitas de irregularidades e assédio durante as filmagens e por isso a seleção de “O Retorno” causa polêmica.

Ao todo, 21 longas-metragens estão na disputa pela Palma de Ouro. Nesta quarta também tem início as outras mostras da seleção oficial e paralelas do Festival de Cannes que acontece até o dia 27 de maio.

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