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Líder da oposição pede que OEA declare ruptura da ordem constitucional na Venezuela

Henrique Capriles, governador do estado de Miranda e opositor do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,  pediu nesta sexta-feira (31) aos membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) que declarem a "ruptura da ordem constitucional" em seu país. Ele se reuniu em Washington com o secretário-geral da entidade, Luis Almagro. 

Henrique Capriles, líder da oposição na Venezuela
Henrique Capriles, líder da oposição na Venezuela Reuters
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Ligia Hougland, correspondente da RFI em Washington

O líder da oposição também disse que os venezuelanos querem eleições presidenciais imediatas. “Jamais se pode falar em democracia se não há votos. Queremos resolver a crise votando”, disse. Durante a reunião, Capriles enfatizou que seu país sofreu um golpe de estado, afirmação compatível com a postura de Almagro.

O secretário-geral da OEA já havia dito esta semana que o governo de Maduro havia dado um “autogolpe” ao desrespeitar a democracia, em referência às duas sentenças do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que resultaram na perda da imunidade parlamentar dos membros do Congresso e no controle pelo TSJ das funções do Legislativo.

As sentenças causaram protestos em Caracas e acusações de golpe por parte do presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges. A oposição conquistou a maioria do parlamento nas eleições de dezembro de 2015, depois de quase duas décadas de controle pelo chavismo.

O político, que já concorreu duas vezes a presidência da Venezuela, também anunciou que acontecerá, na semana que vem, uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA para tratar da crise no país.

Ruptura da ordem constitucional

Capriles disse que apoia “qualquer sanção”, inclusive a suspensão da Venezuela da OEA, caso a sentença que faz com que o TSJ assuma o papel da Assembleia Nacional não seja anulada.

“Respaldo qualquer decisão que seja para respeitar a democracia no meu país”, disse Capriles, mencionando possíveis punições contra o governo de Maduro por parte da OEA, Mercosul e outras entidades internacionais.

O governador disse que é praticamente impossível ter um diálogo com Maduro, apesar de os venezuelanos serem um “povo de diálogo, pacífico”. “Este momento que vive a Venezuela é um momento decisivo para a região”, destacou.

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