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Papa/Balanço

Papa Francisco diz que não é "estrela", mas tentou ajudar nas negociações de paz da Colômbia

O papa Francisco rejeitou nesta segunda-feira (28) que o considerem uma "estrela" após sua bem-sucedida viagem aos Estados Unidos e a Cuba. Ele reconheceu que "sente medo de si mesmo" e de suas fraquezas, em conversa com josranlistas a bordo do avião que o conduzia a Roma.

O papa Francisco cumprimenta agentes da prisão de Curran-Fromhold, que ele visitou ontem na Filadélfia.
O papa Francisco cumprimenta agentes da prisão de Curran-Fromhold, que ele visitou ontem na Filadélfia. REUTERS/Todd Heisler
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Ao ser questionado sobre a multidão que acompanhou sua programação nos Estados Unidos, o papa comentou com humildade.

"Nos meios de comunicação se usa isso, mas há outra verdade: quantas estrelas vimos que depois se apagam e caem? É uma coisa passageira. Ser o servo dos servos de Deus é bom; isso não passa. Eu penso assim", afirmou.

Francisco também respondeu sobre sua relação com o poder e o êxito depois de ter sido ouvido nos Estados Unidos pelos representantes das maiores potências mundiais.

"Eu não sei se tive êxito ou não. Mas tenho medo de mim mesmo. Porque sempre me sinto fraco, não sei, no sentido de não ter o poder. O poder também é uma coisa passageira, hoje está e amanhã não está", disse. "O importante é que se você tem o poder, pode fazer o bem. E Jesus definiu o poder: o verdadeiro poder é servir. Fazer os serviços mais humildes. Eu ainda tenho que avançar neste caminho do serviço, porque sinto que não faço tudo o que devo fazer. Este é o sentido que eu tenho do poder", explicou.

O papa disse que o que mais o surpreendeu durante sua primeira visita aos Estados Unidos foi o povo. "Fiquei surpreso com os olhares, o calor das pessoas, tão amável, uma coisa bela e também diferente", confessou.

Papa ajudou nas negociações da Colômbia

Francisco admitiu que ele e o Vaticano tentaram ajudar nas negociações de paz na Colômbia. "Conversei duas vezes com o presidente Juan Manuel Santos, eu e a Santa Sé", disse o pontífice argentino. Na semana passada, o governo colombiano anunciou ter chegado a um compromisso de paz com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Tanto o governo colombiano quanto as Farc reconheceram a autoridade moral do papa Francisco e seu papel chave nos debates. O papa reiterou que é preciso esperar o mês de março "para que se assine o acordo definitivo" e lembrou que "o assunto da justiça internacional ficou pendente", sem dar mais detalhes.

O governo colombiano e as Farc deram um passo significativo para o fim do conflito armado, que afeta a Colômbia há 50 anos, ao estabelecer na quarta-feira (23), em Cuba, a criação de uma "jurisdição especial para a paz". O acordo exclui a concessão de anistias por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

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