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Europa/EUA

Obama destaca ação heroica de militares dos EUA durante ataque em trem Amsterdã-Paris

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de "heroica" a ação de dois militares americanos que dominaram um atirador, na sexta-feira (21), no trem em que viajavam entre Amsterdã e Paris. Ele expressou sua "profunda gratidão pela coragem e reação de vários passageiros, incluindo dois membros do Exército americano, que de maneira altruísta, dominaram o agressor", segundo um funcionário da Casa Branca.

Barack Obama
Barack Obama Reuters/路透社
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O presidente elogiou os compatriotas, que provavelmente impediram "uma tragédia maior", destacando que os Estados Unidos mantêm "estreito contato" com as autoridades francesas sobre a investigação do incidente. Ele desejou uma "rápida e completa" recuperação de todas as vítimas.

O comandante William Urban, porta-voz do Pentágono, disse à agência France Presse que um membro do Exército americano ficou ferido durante o incidente. Ele foi levado de helicóptero para o hospital de Lille, no norte da França.

Ataque terrorista

Um homem abriu fogo em um trem de alta velocidade entre Amsterdã e Paris, ferindo duas pessoas, antes de ser dominado pelos militares americanos, em uma ação qualificada de "ataque terrorista" pelo premiê belga, Charles Michel.

Segundo a rede de televisão CNN, os dois militares estavam à paisana e agarraram o atirador quando ele carregava um fuzil Kalachnikov, após ter atirado contra um dos soldados com uma pistola.

O agressor, que estaria em uma lista dos serviços de inteligência espanhóis e franceses, feriu os dois militares americanos, um a bala e outro com uma lâmina, mas ambos não correm risco de morte.

Entregue à polícia

De acordo com os primeiros elementos da investigação, o agressor, de 26 anos, é marroquino ou tem origem marroquina. Segundo o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, o "sangue frio" e a "grande coragem" dos militares evitaram uma tragédia. "Foram particularmente valentes."

De acordo com um oficial da polícia, os militares ouviram o suspeito carregando uma arma no banheiro. O homem carregava um fuzil Kalachnikov, uma pistola, nove carregadores e uma faca.

O atirador, que subiu no trem em Bruxelas, foi entregue à polícia por volta das 18h na estação de Arras, onde o trem fez uma parada de emergência.

O homem, que morou na Espanha, foi objeto de um comunicado da polícia espanhola para as autoridades francesas, segundo o jornal El País. "Agentes espanhóis de combate ao terrorismo informaram que o jovem, taxado como radical, havia morado na Espanha durante um ano, até 2014, quando decidiu se mudar para a França. As mesmas fontes revelaram que o suspeito viajou para a Síria".

Testemunho de passageiros

Damian, um passageiro francês de 35 anos, descreveu como o homem "com uma camisa verde e cabelo raspado (militar americano) se atirou sobre o outro e o imobilizou no chão".

Christina Cathleen Coons, americana de 28 anos, contou que ouviu "tiros, dois sem dúvida, e um cara caiu". "Havia sangue por todo lado", disse.

Ao se manifestar sobre o caso, o premiê belga, Charles Michel, denominou o incidente de "ataque terrorista". "Condeno o ataque terrorista em Thalys e declaro minha solidariedade às vítimas", escreveu Michel em sua conta no Twitter.

Em conversa por telefone, Michel e o presidente francês, François Hollande, concordaram em "colaborar estreitamente" na investigação do caso. Hollande destacou que "tudo caminha para se esclarecer" os fatos em "estreita colaboração" com Bruxelas.

O ator francês Jean-Hugues Anglade ficou levemente ferido, indicou uma testemunha.  A informação foi confirmada pela família do ator. Ele teria se ferido acidentalmente.

Companhia Thalys

De acordo com a companhia Thalys, subsidiária da SNCF, o serviço ferroviário francês, "às 17h50 (12h50 em Brasília) uma pessoa abriu fogo no Thalys 9364 (Amsterdã-Paris) na altura de Oignies (Haute Picardie)".

"Nós estávamos no trem e percebemos que ele começou a diminuir a velocidade ao se aproximar de Arras. Trinta minutos depois, ele parou completamente. Uma vez na estação, ficamos 15 minutos bloqueados. Em seguida, houve uma mensagem nos dizendo que a polícia estava a caminho", relataram à agência France Presse Maxime Vialat e Charlotte Bosse, de 20 anos.

Desde os ataques de 7 de janeiro contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo e um supermercado kosher em Paris, que matou 17 pessoas, um plano de luta contra o terrorismo foi criado em todos os locais públicos e considerados sensíveis.

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