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Com Trump e Biden confirmados como candidatos, primárias americanas viram alvo de protestos

Enquanto as eleições primárias para confirmar os candidatos do pleito presidencial acontecem nos Estados Unidos, eleitores encontram maneiras de protestar contra o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden. Há também um homem que mudou legalmente o próprio nome e quer se candidatar como "Literalmente Qualquer Outro".

Trump e Biden vão oficializar as candidaturas na convenção nacional dos partidos Republicano e Democrata, em julho e agosto
Trump e Biden vão oficializar as candidaturas na convenção nacional dos partidos Republicano e Democrata, em julho e agosto AP
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Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York, e AFP

Quatro estados foram às urnas nesta terça-feira (2) pelas primárias presidenciais norte-americanas.

O atual presidente Joe Biden e o candidato a retornar à Casa Branca, Donald Trump, confirmaram suas respectivas nomeações em Rhode Island, Connecticut, Wisconsin e Nova York.

Ainda que não existam outros nomes para desafiar Biden e Trump nas urnas, a população tem encontrado uma maneira particular de expressar seu descontentamento, o voto em branco ou descomprometido com o candidato.

Em Nova York, por exemplo, um grupo de mulheres muçulmanas distribuía panfletos nas proximidades de um dos pontos de votação do Brooklyn orientando os eleitores democratas a deixarem suas cédulas em branco.

A mensagem era clara: "Diga ao Biden para nos deixar de fora do genocídio", referindo-se à postura do atual governo americano com relação ao conflito em Gaza.

A contagem destes votos-protesto de Nova York só será encerrada daqui a duas semanas, aproximadamente. Por enquanto, somente se pode sentir o ruído gerado pela iniciativa que se junta aos votos descomprometidos emitidos em Rhode Island (14,9%) e Connecticut (11,4%), que fecharam a noite de votação com uma parcela de votos protesto aos democratas semelhantes aos de Minnesota (19%) e Michigan (13%).

Do lado republicano, alguns eleitores contrários à candidatura de Trump seguem votando por candidatos que mantêm os nomes nas cédulas, apesar de já terem deixado a disputa.

Trump acompanhou a votação fazendo campanha em Wisconsin e Michigan, dois estados que prometem ser decisivos nas eleições presidenciais de novembro.

Candidato alternativo

Na hora de eleger o presidente em novembro, os americanos provavelmente terão como principais opções o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump. No entanto, também poderão votar em "Qualquer Outro".

Um professor do Texas e veterano de 35 anos decidiu mudar legalmente seu nome completo para "Literally Anybody Else" (Literalmente Qualquer Outro) e está coletando assinaturas para concorrer como candidato independente à Presidência, agora que tem idade para isso.

"Meu nome é Literally Anybody Else e estou concorrendo à Presidência dos Estados Unidos", disse recentemente em uma entrevista à emissora WFAA, de Dallas, no Texas, sul do país. "Não se trata necessariamente de mim, como pessoa, mas sim de considerar 'Literalmente Qualquer Outro' como uma ideia", explicou.

Desde meados do século XIX, apenas presidentes dos partidos Republicano e Democrata exerceram o poder nos Estados Unidos, embora também participem da disputa candidatos independentes.

"Somos 300 milhões de pessoas, podemos fazer melhor (...) Deveria realmente haver alguma saída para pessoas como eu, que estão tão cansadas desse constante domínio entre dois partidos que simplesmente não beneficia a pessoa comum", declarou Literally Anybody Else, que antes se chamava Dustin Ebey.

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