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Biden acredita em acordo no Congresso para evitar calote e aumentar teto da dívida dos EUA

O presidente americano, Joe Biden, disse neste sábado (20) que provavelmente o governo chegará a um acordo com a oposição para aumentar o limite de endividamento do país e evitar um "default", apesar das negociações difíceis com o partido Republicano. 

O presidente Joe Biden disse estar otimista em relaçã à obtenção de um acordo para elevar o teto da dívida americana
O presidente Joe Biden disse estar otimista em relaçã à obtenção de um acordo para elevar o teto da dívida americana © REUTERS / JONATHAN ERNST
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"Ainda acredito que poderemos evitar um default e conseguirmos um acordo decente", declarou Biden aos jornalistas durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão.  O presidente cancelou parte de sua agenda para retornar mais cedo a Washington e tentar obter um acordo.

Os Estados Unidos ultrapassaram seu limite de endividamento e o governo espera que o Congresso levante ou aumente esse teto para honrar os compromissos assumidos pelo país, evitando uma moratória inédita.

Os Estados Unidos superaram o limite máximo de emissão da dívida pública em janeiro, que é de U$S 31,4 trilhões (R$ 156,5 trilhões, na cotação atual), e, desde então, vêm aplicando medidas extraordinárias que apenas permitem cumprir com as obrigações por um determinado tempo.

O Departamento do Tesouro alertou que o governo americano poderia ficar sem dinheiro a partir de 1º de junho. Mas, apesar do risco de caos econômico no país, que teria repercussão na economia mundial, a batalha política continua em Washington.

Os republicanos exigem que Biden reduza os gastos públicos em troca da obtenção  do apoio para elevar o limite de endividamento do país, que é da alçada do Congresso. Mas os democratas defendem um aumento da capacidade de emissão de dívida sem condições.

Na sexta-feira (19), o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Kevin McCarthy, anunciou uma pausa nas negociações para evitar um "default", diante de existência de "diferenças reais" entre as partes, segundo a Casa Branca.

As discussões acabaram sendo retomadas. Biden foi informado sobre a situação na manhã deste sábado, no Japão, ainda na noite de sexta nos Estados Unidos, informou a Casa Branca.

O diretor de comunicações de Biden, Ben LaBolt, disse que os "republicanos estão fazendo a economia de refém" e estão "empurrando o país para o limite do "default." Isso pode representar a perda de milhões de empregos e levar o país à recessão", declarou.

Biden não vai aceitar políticas "extremas" dos republicanos, sublinhou,mas "há um caminho para se chegar a um acordo bipartidário razoável se os republicanos voltarem à mesa para negociar de boa-fé", acrescentou.

Diferenças

Apesar das diferenças com a oposição,a retomada das negociações devolveu o otimismo ao governo, resumiu, neste sábado, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

O campo governista apresenta essas negociações como uma oportunidade de discutir o orçamento. "Não podemos gastar mais dinheiro no próximo ano" fiscal, assinalou o republicano McCarthy na sexta.

(Com informações da AFP)

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