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EUA vivem dia de manifestações pelo direito ao aborto

Este sábado (14) é marcado por manifestações em várias cidades dos Estados Unidos. Milhares de pessoas protestam para defender o direito ao aborto, ameaçado pela Suprema Corte, que parece disposta a rever sua histórica decisão de 50 anos atrás.

Manifestantes se reúnem diante do Capitólio do Texas em um dos inúmeros protestos que acontecem neste sábado, 14 de maio, nos Estados Unidos, em defesa do direito ao aborto no país.
Manifestantes se reúnem diante do Capitólio do Texas em um dos inúmeros protestos que acontecem neste sábado, 14 de maio, nos Estados Unidos, em defesa do direito ao aborto no país. AP - Eric Gay
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Os protestos convocados em todo o país chegam como uma resposta ao vazamento na imprensa de um rascunho de decisão final em que a máxima instância judicial dos Estados Unidos, de maioria conservadora, estaria considerando derrubar a decisão do caso Roe vs. Wade, de 1973, que garantiu o acesso legal ao aborto em todo o país. "Manifestamos hoje para dizer em alto e bom som: não toquem em nossos corpos", tuitou a Women´s March, uma das organizações que estão convocando os protestos.

Cerca de 450 manifestações estão previstas em todo o país, com grandes marchas programadas em Washington, Nova York, Chicago, Austin e Los Angeles. Na capital, a manifestação está prevista para as 14h00 locais (15h00 em Brasília) e se dirigirá à sede da Suprema Corte. De acordo com os organizadores, são esperadas pelo menos 17.000 pessoas.

A possível anulação da jurisprudência do caso Roe vs. Wade pode ter reflexos nas eleições de meio de mandato que acontecem em novembro, nas quais estará em jogo o controle das duas câmaras do Congresso. Os democratas vêm promovendo medidas para codificar o direito ao aborto em leis federais, uma tentativa de enfraquecer os republicanos em um tema que divide profundamente antes das eleições.

A Lei de Proteção à Saúde das Mulheres aprovada pela Câmara dos Representantes garante aos profissionais de saúde o direito de realizar abortos e aos pacientes o de usufruí-los. Contudo, os republicanos no Senado se negaram a votar a medida no começo desta semana. Além disso, os estados controlados pelo Partido Republicano vêm tentando restringir os direitos relativos ao aborto nos últimos meses, e a anulação da decisão de 1973 daria maior liberdade para restringir ou proibir o procedimento.

O resultado legislativo, no entanto, não corresponde à opinião pública dos americanos em geral: uma nova pesquisa do site Politico e da empresa Morning Consult indica que 53% dos eleitores opinam que Roe vs. Wade não deve ser anulada. Além disso, 58% consideram importante votar em um candidato que apoie o acesso ao aborto.

(Com informações da AFP)

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