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Sonda americana Odysseus deve encerrar missão na Lua antes do esperado após fim de baterias

Sua missão na superfície da Lula deveria durar cerca de sete dias, mas será provavelmente encurtada. A empresa americana Intuitive Machines informou nesta terça-feira (27) que as baterias de seu módulo lunar, a sonda Odysseus, devem durar no máximo até 20 horas adicionais.

Imagem fornecida pela Intuitive Machines nesta terça-feira (27) mostra módulo lunar Odysseus sobre a região do polo sul da Lua.
Imagem fornecida pela Intuitive Machines nesta terça-feira (27) mostra módulo lunar Odysseus sobre a região do polo sul da Lua. AP
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Na última quinta-feira (22), a Odysseus se tornou a primeira sonda privada a aterrissar na Lua, e a primeira nave espacial americana a protagonizar a façanha desde o fim do programa Apollo, há mais de 50 anos. No entanto, em vez de pousar na vertical sobre seus seis pés, a sonda, que mede mais de quatro metros de altura, provavelmente caiu de lado. 

Segundo Steve Altemus, presidente executivo e cofundador da Intuitive Machines, o mais provável é que a Odysseus tenha prendido o pé na superfície e o módulo de aterrissagem tenha tombado. Com a ajuda de uma maquete, em um vídeo divulgado nas redes sociais, mostrou o dispositivo de lado, mas com a parte superior provavelmente apoiada em uma rocha, de modo que ele estaria parcialmente "elevado".

Na segunda-feira (26), a Intuitive Machines indicou que continuaria a recuperar os dados do módulo lunar “até que seus painéis solares não estejam mais expostos à luz”, interrompendo de vez seu funcionamento. “Dada a posição da Terra e da Lua, acreditamos que os controladores de voo continuarão a comunicar com Odysseus até a manhã de terça-feira”, acrescentou um comunicado da empresa.

Mas hoje, no X (ex-Twitter), a  Intuitive Machines indicou que a Odysseus segue transmitindo dados científicos "com eficiência" e que as baterias da sonda poderiam funcionar de 10 a 20 horas suplementares. A Intuitive Machines também afirma que trabalha para determinar o momento exato em que o módulo lunar deixará de funcionar.

Polo sul lunar

Inicialmente, esperava-se que as operações terrestres da sonda durassem cerca de sete a 10 dias. Durante esse período, o módulo reuniria informações para uma missão tripulada em 2026. Além das imagens capturadas pela Odysseus, estava previsto o lançamento de uma pequena espaçonave que leva uma câmera, desenvolvida pela Embry-Riddle Aeronautical University, que deveria ser ejetada do módulo de alunissagem para tirar fotos. Mas complicações surgidas nesta fase o impediram e o lançamento foi adiado, informou a universidade na sexta-feira (23). 

Embora não complete a missão, a Odysseus entra para a história como a sonda que pousou mais ao sul da Lua até hoje. As missões Apollo aterrissavam mais perto do equador lunar. A agência espacial americana (Nasa) pretende explorar essa região ainda desconhecida e vem contratando empresas, como a Intuitive Machines, para transportar instrumentos científicos à Lua. 

Esta é a primeira missão da Intuitive Machines, mas a segunda do novo programa da Nasa com empresas privadas, conhecido como CLPS. A tentativa anterior, feita pela empresa americana Astrobotic, fracassou em janeiro.

A Intuitive Machines recebeu cumprimentos de todo o mundo, inclusive de concorrentes que também tentaram pousar na Lua sem sucesso. No início deste ano, a sonda japonesa SLIM aterrissou na Lua, também de lado. A agência espacial Jaxa anunciou na segunda-feira que o módulo foi reiniciado depois de ter sobrevivido duas semanas na longa noite lunar. 

(Com informações da AFP)

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