Acessar o conteúdo principal

Grupo Estado Islâmico anuncia morte de seu chefe e nomeia sucessor

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) anunciou, nesta quinta-feira (3), em uma gravação de áudio postada por um porta-voz no aplicativo de conversas Telegram, a morte de seu líder, Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurachi. O líder teria sido morto durante confrontos com outra organização jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-braço local da rede Al-Qaeda), no noroeste da Síria.

Operação de comunicação do Estado Islâmico no Grande Saara 2022.
Operação de comunicação do Estado Islâmico no Grande Saara 2022. © propagande vidéo EI
Publicidade

Al-Qurashi teria morrido após um confronto direto com a formação a HTS, que tentava capturá-lo em uma cidade da província síria de Idlib, segundo disse o porta-voz do Estado Islâmico no Telegram, sem especificar o local ou a data exatos dos fatos.

Foi morto "após um confronto direto (...) numa das localidades da província de Idlib" com o HTS, antigo braço local da Al-Qaeda, disse o porta-voz na gravação.

O porta-voz indicou que o EI nomeou um novo líder, Abu Hafsan al-Hashimi al-Qurashi, o quinto chefe da organização ultrarradical em menos de uma década.

Combate ao EI

Após um auge em 2014, o autoproclamado "califado" do EI na Síria e no Iraque foi derrotado por sucessivas ofensivas lançadas com o apoio de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. A organização ultrarradical sunita (uma ramificação do Islã) impôs um regime de terror nas áreas sob seu controle, com decapitações e execuções.

O Iraque proclamou, no final de 2017, sua vitória militar contra os jihadistas, que perderam seu reduto na Síria em 2019, embora as células do EI ainda ataquem esporadicamente forças de segurança e civis em ambos os países.

Em novembro de 2022, o EI havia anunciado a morte de seu chefe anterior, Abu Hasan al-Hashimi al-Qurashi, sem especificar as circunstâncias. Seu antecessor, Abu Ibrahim al Qurashi, foi morto nove meses antes num bombardeio durante operação das forças especiais dos Estados Unidos na província de Idlib. Ele havia sucedido Abu Bakr al-Baghdadi em outubro de 2019, também morto em uma operação em Idlib.

O EI foi expulso em 2019 dos últimos territórios que havia controlado na Síria em 2014, mas continua realizando ataques.

A guerra da Síria, que começou em 2011, deixou quase 500 mil mortos, devastou as infraestruturas do país e levou milhões de pessoas a deixarem suas regiões. Desde o final de 2022, o grupo jihadista multiplicou ataques mortais no país, particularmente no vasto deserto sírio onde estão localizadas as células do grupo.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.