Mulher de japonês refém do grupo EI faz apelo pela libertação do marido

A mulher do jornalista japonês Kenji Goto, refém do grupo Estado Islâmico, fez um apelo nesta quinta-feira (29) pela libertação de seu marido, ameaçado de execução. Ela diz ter recebido nas últimas 20 horas as últimas reinvidicações dos jihadistas, que pedem a libertação de uma prisioneira iraquiana detida na Jordânia.

Ataque da coalizão contra as posições do EI REUTERS/Stringer

O grupo Estado Islâmico divulgou um vídeo no Twitter nesta quarta-feira onde ameaça executar o jornalista. Os extremistas exigiam, antes do amanhecer, a libertação da prisioneira jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi, condenada à morte na Jordânia pelos atentados ocorridos em 2005 em Amã. Eles também ameaçaram matar o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh.

"Não falei antes com a imprensa porque queria proteger meus filhos e a minha famíila do interesse que o caso suscitou no mundo", explicou a esposa do jornalista japonpes, em um comunicado publicado no site da organização Rory Peck Trust em apoio aos jornalistas independentes. Ela diz ter recebido diretamente diversas mensagens dos jihadistas.

A mulher de Kenji Goto também implorou pela compaixão das autoridades japonesas e jordanianas. "Espero que o governo da Jordânia entenda que o destino desses dois homens está entre suas mãos", disse.

Jordânia quer prova de vida de piloto preso

As autoridades da Jordânia dizem estar dispostas a libertarem a prisioneira iraquiana, mas querem uma prova de vida do piloto jordaniano, que não foi enviada até agora. “Não temos por enquanto nenhuma indicação de que ele esteja vivo”, disse o pai do piloto, Safi.

"O governo não nos disse nada sobre as negociações e não parece que eles estejam levando o caso a sério", declarou. Os jihadistas exigem que Sajida al-Rishawi seja transferida à fronteira da Turquia com a Síria, onde o grupo EI controla diversos territórios.