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Síria/Armas químicas

Equipe da ONU chega à Síria para investigar uso de armas químicas

Mais de 10 investigadores da ONU encarregados de examinar a utilização de armas químicas no conflito sírio chegaram a Damasco neste domingo. A missão do grupo conduzido pelo sueco Aake Sellstrom se limita avaliar se as armas foram ou não utilizadas, sem determinar responsabilidades. Eles foram diretamente para um hotel da capital, sem conversar com jornalistas e o porta-voz das Nações Unidas no país disse não saber quando eles começarão a trabalhar e em quais regiões.

Aake Sellstrom (d) chega a hotel em Damasco para chefiar equipe que investigará uso de armas químicas em conflito sírio
Aake Sellstrom (d) chega a hotel em Damasco para chefiar equipe que investigará uso de armas químicas em conflito sírio REUTERS/Khaled al-Hariri
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Anteriormente, a ONU havia anunciado que a equipe permanecerá na Síria por um período de 14 dias, que pode ser extendido se houver necessidade. Tanto o regime de Bashar al-Assad quanto a oposição se acusam mutuamente de ter recorrido a armas químicas na guerra que já dura quase dois anos e meio e causou a morte de mais de 100 mil pessoas.

Damasco deu sinal verde para a visita dos inspetores da ONU depois de aceitar os termos exigidos pelo secretário geral Ban Ki-moon para assegurar a eficácia da missão. A princípio, o governo sírio queria que a sondagem fosse restrita a Khan al-Assal, província próxima de Aleppo (ao norte), onde o regime afirma que os rebeldes usaram armas químicas em 19 de março. Ao menos 26 pessoas - 16 delas, soldados sírios - morreram na ocasião. A oposição responsabiliza o próprio governo pelo ataque.

Mas as Nações Unidas não queriam uma investigação unilateral e ficou acordado que outras duas localidades, ainda não especificadas, seriam verificadas. Na quinta-feira, um alto funcionário do ministério sírio das Relações Exteriores afirmou que o governo está pronto para fornecer todas as ferramentas para que a equipe possa desempenhar bem seu trabalho. "A Síria não tem nada a esconder", disse.

A oposição afirmou que os especialistas podem visitar "sem entraves" os locais sob seu controle onde há supeita de uso de armas químicas. De sua parte, Ban Ki-moon agradeceu o governo sírio por sua cooperação e reafirmou que o objetivo da ONU é fazer uma análise "totalmente independente e imparcial".

De acordo com as Nações Unidas, Síria, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos indicaram 13 ataques com armas químicas. Os três últimos países garantem que eles foram promovidos por tropas do presidente Bashar al-Assad, enquanto a Rússia, principal aliada do regime sírio garante ter provas de que rebeldes utilizaram gás sarin em Khan al-Assal.
 

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