Síria registra mais de 4 mil mortos durante Ramadã

Ao menos 4.420 pessoas foram assassinadas na Síria, durante o mês sagrado do Ramadã, nono mês do calendário muçulmano, de acordo com dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Parentes carregam o corpo de sírio morto no dia 1° de agosto, durante o período do Ramadã. REUTERS/Haleem Al-Halabi

De acordo com o órgão de oposição, do número total de mortos, estima-se que 1.386 eram civis, entre os quais 302 crianças. Entre os mortos também estariam combatentes islamitas estrangeiros, soldados leais às forças do exército do presidente sírio, Bashar al Assad, soldados civis lutando ao lado dos rebeldes e desertores.

"A maioria dos mortos são combatentes", revelou o diretor da ONG, Rami Abdel Rahmane, nesta quinta-feira, um dia depois da conclusão do período sagrado para o mundo islâmico.

Há um ano, o mesmo mês havia registrado 5.440 mortos, dos quais 4.114 eram civis, o equivalente ao mais violento registro mensal desde o início do conflito, em março de 2011. A queda do número de civis, seria um reflexo da estabilização das zonas de combate e de uma mudança na natureza do conflito.

Segundo informações das Nações Unidas, ao menos 100 mil pessoas já perderam a vida na Síria e mais de 1 milhão deixou o país vítimas do conflito entre as forças rebeldes e o exército de Assad, que já dura mais de dois anos.