Obama condena assassinato de soldado britânico em Londres
O presidente Barack Obama condenou o assassinato do soldado britânico nesta quarta-feira em Londres e disse que os Estados Unidos se solidarizavam com o Reino Unido na luta contra o terrorismo. O militar, que serviu no Afeganistão, trabalhava atualmente em uma equipe de recrutamento das forças armadas, e foi morto em plena luz do dia por dois homens britânicos de origem nigeriana que teriam ligação com organizações terroristas.
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O presidente Barack Obama condenou nesta quinta-feira o assassinato do soldado britânico em Londres, qualificando o ato de "assustador." Em um comunicado, o presidente americano disse que as relações com o Reino Unidos "eram ainda mais importante neste período difícil".
A polícia também anunciou a prisão agora há pouco de um homem e uma mulher de 29, que seriam cúmplices no crime. Lee Rigby, 25, o soldado assassinado, integrou exército em 2006 e integrava o segundo batalhão do regime de fuzileiros, segundo um comunicado divulgado hoje pelo Ministério da Defesa britânico, que o definiu como um "soldado experiente e talentoso, um verdadeiro guerreiro." Ele também serviu na Alemanha e em Chipre.
O soldado era casado, pai de dois filhos, e originário de Manchester, no norte do país. O militar chegou ao Afeganistão em 2009, onde se instalou na província de Helmand, no sul. Ele morreu depois de ser assassinado a facadas, em plena luz do dia nesta quinta-feira, no bairro de Woolwich, perto do quartel da Royal Artillery.
Os dois autores do ataque, que está sendo considerado como terrorista pelas autoridades, são britânicos de origem nigeriana, segundo o governo. Um deles foi identificado como Michael Adebolajo, 28 anos. A polícia realizou buscas em seu domicílio e em outras casas na cidade de Lincoln, onde vive parte de sua família, nesta quinta-feira.
Os dois homens foram feridos por agentes da Scotland Yard e estão hospitalizados. Em um vídeo, logo depois do ataque, um deles aparece com um machado ensanguentado na mão e uma faca. Ele justifica o gesto dizendo que ‘’todos os dias milhares de muçulmanos morrem nas mãos de soldados britânicos.’’ O ex-chefe da organização extremista Al-Mouhajiroun, Anjem Choudary, disse à imprensa que um dos suspeitos integrou o movimento.
O primeiro-ministro, David Cameron, disse que os dois suspeitos tinham ficha na polícia, e que uma investigação será realizada para avaliar se houve negligência dos serviços secretos. O premiê condenou o ato ‘’bárbaro’’ nesta quarta-feira, dizendo que a Grã-Bretanha não se deixaria intimidar pelo terrorismo.
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