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Síria/Violência

França vai "apoiar" oposição síria unida

A França vai "apoiar" a nova coalizão da oposição síria, declarou nesta terça-feira no Cairo o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius. Ele se encontrou nesta manhã com dirigentes da nova entidade. A Grã-Bretanha, a União Europeia e a Liga Árabe também comemoraram a união da oposição síria, consierada um primeiro passo para o reconhecimento da entidade como principal interlocutor da comunidade internacional nas negociações sobre o conflito sírio. 

Os países-membros da Liga Árabe, reunidos no Cairo, reconheceram nesta segunda-feira (12) a Coalizão Nacional Síria das Forças de Oposição.
Os países-membros da Liga Árabe, reunidos no Cairo, reconheceram nesta segunda-feira (12) a Coalizão Nacional Síria das Forças de Oposição. REUTERS/Asmaa Waguih
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"Agora eles estão unidos, isso é muito importante. A França vai apoiá-los", declarou o chanceler Laurent Fabius na saída da reunião.

A coalizão síria foi representada no encontro por seu chefe, Ahmad Moaz Al-Khatib, e por George Sabra, chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal componente do novo grupo.

"Nosso desejo é que os diferentes países reconheçam a coalizão nacional síria como o representante legítimo do povo sírio. O papel da França é tornar possível o que é desejável", disse Laurent Fabius um pouco mais tarde durante uma entrevista coletiva. 

O ministro francês está na capital egípcia para participar de uma reunião ministerial entre a União Europeia e os países da Liga Árabe.

A oposição síria conseguiu se unir na madrugada desta segunda-feira para apresentar uma alternativa viável ao regime de Bashar al-Assad, após quatro dias de reunião em Doha e intensas pressões internacionais.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, tampém presente na reunião, comemorou o acordo de Doha mas alertou que o conflito corre o risco de ultrapassar as fronteiras da Síria.

A Liga Árabe reconheceu na segunda-feira à noite a legitimidade da nova coalizão da oposição síria, disse considerá-la como seu "principal interlocutor" e pediu que o resto dos movimentos hostis a Bashar al-Assad junte-se ao movimento.

O primeiro-ministro do Catar, Hamad ben Jassem al Thani, especificou que a Liga reconhece a nova coalizão como "representante legítima da oposição síria".

Já as seis monarquias do Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Catar, Kwait, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã) foram mais longe ao reconhecer a nova entidade como "o representante legítimo do povo sírio".

A Grã-Bretanha considera que a formação de uma nova coalizão da oposição síria é um avanço importante, mas julga que ainda é preciso mais para que Londres reconheça essa entidade.

"Queremos ver a oposição síria aberta a todos e que ela receba um apoio interno na Síria, se eles obtiverem isso, então nós a consideraremos como o representante legítimo do povo sírio", disse o chanceler britânico William Hague no Cairo.

Segundo a ong Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a repressão ao movimento de contestação do regime sírio já fez ao menos 37 mil mortos desde março de 2011.

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