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Síria/Conflito

Oposição síria unida busca reconhecimento internacional

Ministros da Liga Árabe se reúnem hoje no Cairo, sede da entidade, para debater as repercussões do acordo firmado ontem pelos opositores sírios em torno de uma coalizão unificada para acelerar a queda do presidente Bashar al-Assad. Estados Unidos, Reino Unido e França já anunciaram apoio à nova instância de oposição.

O ex-imam Ahmad Moaz al-Khatib foi eleito para presidir a coalizão nacional de oposição síria.
O ex-imam Ahmad Moaz al-Khatib foi eleito para presidir a coalizão nacional de oposição síria. REUTERS/Mohammed Dabbous
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O mediador internacional Lakhdar Brahimi, o presidente da nova coalizão, Ahmad Moaz al-Khatib, e o primeiro-ministro do Catar, Hamad Ben Jassem al-Thani, devem estar presentes na reunião extraordinária da Liga Árabe. Os Estados Unidos felicitaram os grupos de oposição síria após o acordo de Doha. "Temos pressa em apoiar a coalizão nacional que abre caminho para o fim do regime sangrento de al- Assad", declarou o Departamento de Estado americano em um comunicado. Os Estados Unidos se comprometeram a enviar ajuda humanitária à população síria.

Na França, o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse hoje que o acordo entre os diferentes grupos é "uma etapa importante no processo indispensável de unir a oposição síria". A França, segundo o chanceler, vai oferecer todo o apoio necessário para que a coalizão possa representar uma alternativa de credibilidade ao regime de Bashar al-Assad. O governo francês também se comprometeu a trabalhar para que a nova entidade, que deve representar as aspirações da população síria, seja reconhecida internacionalmente.

Reunidos em Doha, no Catar, os diferentes grupos de oposição ao presidente sírio chegaram finalmente a um acordo neste domingo e anunciaram a criação de uma coalizão reunindo todas as facções da oposição, como recomendava a comunidade internacional. A entidade será presidida pelo religioso moderado xeque al-Khatib, apoiado por dois vice-presidentes, o ex-deputado Riad Seif e Soheir Atassi, uma das coordenadoras do levante contra o regime sírio.

Regime sírio mantém repressão após anúncio de acordo

As tropas sírias bombardearam Damasco e a região ao redor da capital nesta segunda-feira, onde os combates continuam entre rebeldes e o regime. Confrontos também são registrados em Aleppo, no norte, e Homs, na região central. Um avião de combate do regime lançou uma bomba em Rass Al Ain, a 150 metros da fronteira com a Turquia, provocando pânico entre os moradores.

Desde quinta-feira passada, quando rebeldes tomaram o controle do vilarejo e o Exército iniciou o contra-ataque, os moradores de Rass Al Ain fogem desesperados para a Turquia, em busca de refúgio contra as bombas. Em 24 horas, na noite de sexta-feira para sábado, 11 mil pessoas atravessaram a fronteira segundo a Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados).

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