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Síria/ONU

ONU aprova envio de nova missão de observadores à Síria

O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou por unanimidade, neste sábado, uma resolução autorizando o envio de 300 observadores na Síria para vigiar o cessar-fogo previsto no plano de paz do enviado da ONU e da Liga Árabe e que vem sendo constatemente violado pelo regime e pelos opositores. Os 300 observadores militares não armados devem ir ao país “rapidamente” e por uma período inicial de 3 meses, de acordo com o texto.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU, neste sábado, 21 de abril de 2012.
Reunião do Conselho de Segurança da ONU, neste sábado, 21 de abril de 2012. Reuters/Allison Joyce
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No entanto, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, deve antes determinar se o cumprimento da trégua permite o envio dos observadores. O número e a composição da parte civil da missão não foram ainda definidos na resolução de número 2043, cujo texto foi elaborado principalmente pela Rússia, França, China e Alemanha.

O envio dos 300 observadores é definido como um "deslocamento inicial”, deixando em aberto a possibilidade de aumentar esse número.

A resolução pede ao governo sírio "garantir o bom funcionamento" da missão e assegurar total liberdade de circulação e acesso sem barreiras para o cumprimento do mandato. O texto ainda exige que o trabalho dos observadores seja feito sem "interferências" e com "garantias de segurança".

A resolução ainda destaca a necessidade de o governo sírio e a ONU entrarem em acordo sobre os meios de transporte adequados para a missão. Damasco ainda deverá respeitar de maneira “visível e integral’ as promessas feitas à Kofi Annan de retirar suas tropas e armas pesadas das cidades sírias.

No sábado passado, o Conselho de Segurança adotou uma primeira resolução autorizando o envio de uma equipe preliminar restrita de 30 observadores. A missão é encarregada de verificar a aplicação do cessar-fogo e do plano de paz de seis pontos proposto pelo enviado especial da Onu e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Entre as medidas previstas está um diálogo entre o regime e os opositores e a libertação de prisioneiros políticos detidos desde o início da revolta popular, em março de 2011. Segundo a ONU, a crise na Síria já deixou mais de 9 mil mortos em 13 meses.

Homs

Os observadores da missão da ONU que se encontra na Síria visitaram neste sábado a cidade de Homs, na região central do país, e se reuniu com o governador da província, de acordo com a agência oficial de notícias Sana.

Até então os observadores tinham sido impedidos de entrar na cidade que é alvo de intensos bombardeios e um dos principais redutos de oposição ao presidente Bashar al-Assad. Nos últimos dez dias, desde a entrada em vigor do cessar-fogo, os confrontos deixaram 200 mortos no país, de acordo com o Observatório Sírio de Defesa dos Direitos Humanos.

 

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