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Síria/Crise

Amigos da Síria vão à ONU pedir envio de "missão forte" de observadores

Em Paris, nesta quinta-feira, depois da reunião dos "Amigos da Síria", com ministros das Relações Exteriores ocidentais e árabes, o chanceler francês, Alain Juppé, anunciou que será apresentado um projeto de resolução junto ao Conselho de Segurança da ONU sobre o envio de uma missão de observadores sólida e bem equipada, com recursos aéreos e terrestres.  

Ministros das Relações Exteriores do grupo "Amigos da Síria", reunidos em Paris, nesta quinta-feira, 19 de abril.
Ministros das Relações Exteriores do grupo "Amigos da Síria", reunidos em Paris, nesta quinta-feira, 19 de abril. Reuters
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No encontro na capital francesa, do qual participou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o ministro Alain Juppé acusou o regime do presidente Bachar al-Assad de violar o plano de paz proposto por Kofi Annan, denunciando a continuação da repressão e da violência.

No final da reunião, a França e seus parceiros decidiram entrar com um projeto de resolução junto ao Conselho de Segurança da ONU para instalar na Síria uma missão de observação o mais sólida possível, que possa cumprir plenamente o seu mandato. Alain Juppé estima que a missão deve ser formada por cerca de 300 homens que possam dispor de recursos aéreos e terrestres, apoiados por equipamentos modernos, que garantam uma vigilância eficaz.

Os Estados Unidos, representados por sua secretária de Estado, Hillary Clinton, pediram medidas mais rígidas contra o regime de Bachar al-Assad, caso este continue a desrespeitar o plano de Kofi Annan. Os americanos defendem uma resolução do Conselho de Segurança da ONU prevendo sanções e um embargo sobre armas.

Em resumo, a pressão da comunidade internacional sobre o regime de Bachar al-Assad se acentua cada vez mais.

Oposição

Em Damasco, o general Moustapha Ahmed Al-Cheikh, chefe do Conselho militar do Exército Sírio Livre, pediu a intervenção de uma aliança militar de países amigos do povo sírio, sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. Os alvos seriam as instalações estratégicas do regime de Bachar al-Assad.

O general também pediu à comunidade internacional que arme seus contingentes e que crie zonas de segurança nas fronteiras com a Turquia, no norte, com o Líbano, no leste, e com a Jordânia, no sul, a fim de encaminhar uma ajuda humanitária de urgência à Síria. Depois de 13 meses de rebelião, a situação da população é catastrófica.

Capacetes azuis

Síria e ONU assinaram hoje um protocolo sobre as condições do envio de "capacetes azuis" ao país, sem, no entanto, chegar a um acordo sobre a dimensão da missão ou a utilização de meios aéreos como, por exemplo, helicópteros. O acordo também deve permitir o envio de um número maior de observadores.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu ao governo sírio que permita uma total liberdade aos observadores e facilite uma operação humanitária de grande envergadura para socorrer a população.

 

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