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Síria/ONU

Oposição pede mais uma vez intervenção militar da ONU na Síria

A oposição síria fez novo apelo neste sábado para a ONU intervir militarmente no país. O pedido é feito a poucos horas antes do voto no Conselho de Segurança de um texto para o envio de uma importante missão de observação da trégua prevista no plano de paz, mas que tem sido constantemente violada desde que entrou em vigor a 10 dias.  

A cidade de Homs, na região central da Síria.
A cidade de Homs, na região central da Síria. Reuters
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O Conselho de Segurança se reúne neste sábado para votar um texto autorizando o envio de uma missão de 300 observadores à Síria para um período de três meses. A Rússia propôs um texto alternativo, retirando as sanções contra o regime caso ele não respeite a retirada de tanques das ruas como previsto no plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão de oposição, pede que os observadores cheguem imediatamente à Homs para evitar “os crimes do regime sanguinário”. Segundo o Conselho, corpos dos militantes estão sendo empilhados nas ruas do bairro de Bayada que ficou completamente destruído após os bombardeios.

Damasco assinou um protocolo garantindo principalmente a liberdade de locomoção no país da primeira missão de observadores que chegou à Síria no dia 15 de abril, mas o regime, alegando “problemas de segurança”, impedia a visita dele à cidade considerada é símbolo da resistência de oposição e tem sido bombardeada apesar da trégua.

Diante da calma registrada na manhã deste sábado, com a suspensão de ataques por parte das forças leais ao governo, os moradores acreditam que a chegada da missão de observadores pode estar próxima.

“Nós apelamos de novo para o Conselho de Segurança da ONU agir com urgência para intervir militarmente e interromper os crimes cometidos pelo regime sanguinário contra o povo sírio e suas armas”, escreveu o CNS em comunicado.

Segundo a agência oficial Sana, a missão de observadores visitou neste sábado a cidade de Homs e se reuniu com as autoridades locais. “Uma equipe de observadores internacionais visita a província de Homs e se encontra com o governador”, disse a agência em um comunicado.

Nova missão

Essa nova missão é considerada de alto risco para os soldados da ONU que serão enviados sem armas em uma área de conflito onde não há um acordo formal de cessar-fogo. A decisão das Nações Unidas é considerada sem precedentes.

O regime sírio do presidente Bashar al-Assad e os militantes de oposição se acusam mutuamente de violar diariamente o cessar-fogo que entrou em vigor no dia 12 de abril previsto no plano de paz de Kofi Annan.

Na sexta-feira, os combates deixaram 46 mortos, sendo 29 civis e 17 soldados, segundo o Observatório sírio de defesa dos Direitos Humanos. No total, durante os 13 meses de revolta contra o regime, os confrontos já resultaram em 11.100 mortos, segundo a ONG.

 

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