Catar é acusado de usar jogo do Barcelona contra ditadura síria

Uma das melhores equipes de futebol do mundo, o Barcelona está sendo apontado pelo canal de televisão sírio Al Dunya como um instrumento de conspiração do seu principal patrocinador, o Catar, para derrubar o presidente sírio, Bachar al-Assad.

Lionel Messi, do Barcelona, comemora gol em cima do Granada. REUTERS/Albert Gea

A TV privada Al Dunya, pró-regime sírio, está certa de que a movimentação de jogadores do Barcelona para chegar ao gol, em um clássico contra o Real Madrid, escondem mensagens subliminares que ajudariam insurgentes sírios a encontrar armas.

Um vídeo publicado no Youtube em árabe, que já foi visto mais de 680 mil vezes, mostra uma montagem feita pelo canal para explicar a sua teoria da conspiração. Um mapa da Síria é fundido com a imagem do campo de futebol. Os jogadores catalães são comparados a contrabandistas, suas posições no campo seriam cidades sírias e a bola representaria as armas.

Até a estrela do time, o argentino Lionel Messi, se transforma em um "perigoso insurgente que leva armas do Líbano até os rebeldes na Síria". Entre um drible e outro, Messi e seus companheiros de equipe desenhariam as rotas para indicar as posições de depósitos de armamentos aos rebeldes.

O regime sírio desconfia que Doha apoie financeiramente os insurgentes do país contra o presidente Bachar al-Assad. A "Qatar Foundation" é o patrocinador oficial do campeão espanhol.