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Líbia

Novo poder líbio ameaça usar a força para manter unidade do país

O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustafa Abdel Jalil, ameaçou usar a força para manter a unidade da Líbia, caso os dirigentes políticos e tribais de Benghazi insistirem na criação de uma região semi-autônoma no leste do país.

O líder do Conselho de Transição Nacional líbio, Mustafa Abdel Jalil, durante coletiva de imprensa em Trípoli, nesta terça-feira.
O líder do Conselho de Transição Nacional líbio, Mustafa Abdel Jalil, durante coletiva de imprensa em Trípoli, nesta terça-feira. REUTERS/Ismail Zetouny
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"Como Conselho Nacional de Transição estamos preparados para o diálogo, sem marginalizar ninguém nem trair ninguém, mas a Líbia é e será uma unidade indivisível, mesmo que seja pela força", disse Jalil durante uma conferência sobre a reconciliação nacional realizada nesta quarta-feira na cidade de Misrata. O líder pediu à região oriental que assuma sua responsabilidade. Jalil acusou simpatizantes pró-Kadafi de estar por trás da iniciativa de autonomia de Benghazi.

Na terça-feira, cerca de 3 mil líderes tribais e políticos anunciaram em Benghazi, a principal cidade do leste da Líbia, a criação da "região federal unionista" de Barka, mas insistiram que o CNT é "o símbolo da unidade do país e seu representante legítimo nos círculos internacionais". No entanto, este anúncio provocou uma reação de rejeição em cadeia na classe política, com Jalil na liderança.

O presidente do CNT já havia mostrado sua rejeição a esta proposta em discurso dirigido à nação. "O CNT vê o que aconteceu em Benghazi como o início de uma conspiração sobre a qual os líbios devem estar atentos", disse Jalil em um discurso no qual também acusou países árabes, que não citou, da responsabilidade pelo ocorrido.

A rebelião armada contra o regime de Kadafi foi bem-sucedida, mas desde a queda do antigo regime, em 20 de outubro, começaram a se tornar latentes dois eixos de confronto. De um lado, o novo poder central encarnado pelo fraco CNT e as milícias rebeldes e, do outro, as elites das principais cidades e regiões do país, especialmente Trípoli, Misrata e Benghazi.

 

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