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Protesto/Venezuela

Venezuelanos marcham pela libertação do opositor Leopoldo López

Manifestantes marcharam pelas ruas de Caracas nesta sexta-feira (4) para exigir a libertação do principal opositor ao governo, Leopoldo López, preso desde fevereiro e acusado de provocar a onda de violências que sacodem o país há dois meses. Mais cedo, a Justiça venezuelana indiciou o oponente por quatro crimes: incitação pública, associação para cometer crime, por ser o suposto mandante de um incêndio e de ações danosas à propriedade.

Desde fevereiro, a Venezuela enfrenta uma onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Desde fevereiro, a Venezuela enfrenta uma onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro. REUTERS/Christian Veron
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Sob os gritos de “Liberem Leopoldo”, cerca de 3 mil manifestantes contra o governo do presidente Nicolás Maduro se reuniram na praça Brion de Chacaito, bastião da oposição. Neste local, o economista de 42 anos e ícone da rebelião se entregou à polícia, no dia 18 de fevereiro.

A marcha “pacífica” deveria se estender até o Palácio da Justiça, no centro de Caracas, onde os habitantes são majoritariamente a favor de Maduro. Há dois meses muitos protestos vêm sendo bloqueados pelas autoridades e forças de ordem na região.

Desde o dia 4 de fevereiro a Venezuela é palco de manifestações de estudantes e opositores ao governo, muitas vezes violentas, contra a insegurança, a má situação econômica e as violências policiais. Nas últimas semanas, o número de participantes nos protestos vem diminuindo, mas os persistentes se mostram a cada vez mais radicais.

Ao todo, o balanço oficial registra 39 mortos e mais de 600 feridos desde o início do movimento. Ao menos três opositores políticos de Maduro foram presos nas últimas semanas, acusados de incitar as violências.

Indiciamento

Antes do início da marcha de hoje, a Procuradoria-Geral da Venezuela acusou López formalmente por incitação pública, associação para cometer crime, por ser o suposto mandante de um incêndio e de ações danosas à propriedade. Além dele, outras 67 pessoas foram indiciadas por participar dos protestos, incluindo quatro estudantes do estado de Bolívar. As informações foram divulgadas em uma coletiva de imprensa. A Justiça deve definir a data do julgamento nos próximos 45 dias.

Leopoldo López tem 42 anos e estudou Economia na universidade americana de Harvard. Ele é fundador do partido de direita Vontade Popular e representa a ala radical da coalizão de oposição ao governo chavista, Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Mesmo detido e sendo alvo da Justiça do país, ele insiste para que as manifestações contra Maduro persistam. “A luta que eu comecei serve para obter uma queda democrática, pacífica e constitucional daquilo que, sem nenhuma dúvida, constitui uma ditadura na Venezuela”, afirmou em uma entrevista escrita à rede de televisão americana CNN.

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