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França

Reformas e comunicação estão por trás de queda de popularidade de Macron, diz Le Monde

O jornal vespertino Le Monde estampa em sua edição desta terça-feira (25) analisa a acentuada queda do índice de popularidade do presidente francês, Emmanuel Macron. Ele passou de 64% em junho, para 54%, segundo pesquisa do instituto Ifop.

Popularidade de Emmanuel Macron caiu 10 pontos percentuais
Popularidade de Emmanuel Macron caiu 10 pontos percentuais REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O texto afirma que nunca um presidente despencou tão rapidamente na aprovação popular, com exceção de Jacques Chirac, que perdeu 15 pontos entre maio e julho de 1995.

Em relação ao mesmo período, Macron é menos apreciado até mesmo do que François Hollande que, no entanto, é visto como o antimodelo, aponta o Le Monde.

A publicação diz que várias pessoas próximas ao presidente garantem que o cenário não é uma supresa. "Estamos entrando direto nos pontos que doem mais", analisa o senador François Patriack, do partido governista A República em Marcha. Para ele, quando a situação melhorar, as pesquisas vão subir.

O Le Monde ouviu o instituto de pesquisa Ifop para entender as razões da queda: a resposta são algumas medidas ligadas à reforma do trabalho, que atingem os funcionários e os salários.

Os primeiros passos de Macron no plano internacional foram apreciados, como seus encontros com chefes de Estado estrangeiros, como Trump e Putin, mas isso não se refletiu no âmbito interno. A demissão do general Pierre de Villiers, segundo o Le Monde, foi interpretada como um ato de autoritarismo.

Problema de comunicação

O jornal francês também destaca o problema da comunicação de Macron, que se recusa a responder às perguntas dos jornalistas.

“A queda de popularidade é um alerta e o mote ‘todo mundo tem que fazer um esforço’ é visto como mais um golpe econômico para as classes populares. A redução de € 5 euros, cerca de R$ 18, por mês das ajudas à habitação afeta 6,5 milhões de franceses em situação difícil.

O líder de 39 anos também apoiou, no mês passado, um controverso projeto de lei contra o terrorismo, que inclui medidas que preocupam os defensores das liberdades civis.

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