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Charlie Hebdo

Terroristas trocaram mensagens SMS antes dos atentados de Paris

Investigadores franceses conseguiram reunir elementos que comprovariam o trabalho coordenado entre os irmãos Kouachi, autores do ataque à redação do Charlie Hebdo, e Amédy Coulibaly, que fez reféns e matou quatro pessoas em um mercado judeu, em janeiro. Pesquisas telefônicas mostram que Coulibaly visitou Chérif Kouachi em sua casa na madrugada anterior ao primeiro atentado, na cidade de Gennevilliers, periferia da Paris. Também há registros de ligações e mensagens SMS trocados entre eles.

Um dos irmãos Kouachi, em vídeo após o atentado.
Um dos irmãos Kouachi, em vídeo após o atentado. REUTERS/Reuters TV
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A mulher de Chérif Kouachi confirmou aos investigadores que o marido saiu do apartamento durante a madrugada do dia 6 “porque estaria com calor”. Na manhã do atentado ao Charlie Hebdo, cerca de uma hora antes do ataque, uma mensagem SMS foi enviada de um telefone celular próximo à residência de Kouachi para uma das 13 linhas telefônicas de Amédy Coulibaly. As informações foram obtidas com exclusividade pelo jornal Le Monde nesta terça-feira e depois confirmadas pela agência AFP.

Sabia-se que as namoradas dos dois terroristas eram amigas e haviam trocado pelo menos 500 ligações ao longo de 2014. Também havia registro de que Kouachi e Coulibaly se conheceram na prisão. Coulibaly chegou a declarar ao canal de televisão BFM TV, enquanto o sequestro do mercado judeu estava em curso: “Nós nos sincronizamos para esta operação. Eles, Charlie Hebdo, eu, os policiais”.

Terrorista teve gastroenterite

A mensagem SMS encontrada agora é a primeira prova concreta da coordenação entre os dois para realizar os atentados. O número utilizado para a troca de mensagens aparentemente foi reservado apenas para o ataque. Foram encontradas seis mensagens, todas próximas a hora do atentado. Os investigadores também puderam descobrir que o atentado quase foi adiado para o dia seguinte porque Saïd Kouachi teve gastroenterite na véspera, um vírus que teria afetado toda a família.

Chérif e Saïd Kouachi mataram 12 pessoas no dia 7 de janeiro e acabaram mortos pela polícia dois dias depois. Amédy Coulibaly executou uma policial no dia 8 de janeiro e, no dia seguinte, matou outras quatro pessoas e fez refém outras 20 em um supermercado, onde foi morto pela polícia

 

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