Entrevista coletiva de Hollande tem audiência recorde na França
O presidente francês respondeu as perguntas dos jornalistas nesta terça-feira (14) no palácio do Eliseu, poucos dias depois da revelação do caso com a atriz Julie Gayet e da hospitalização da primeira-dama, Valérie Trieweiller. Uma relação que ele não negou, mas se recusou a comentar durante a coletiva, que teve a presença de mais de 600 repórteres do mundo todo.
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Cerca de 4.282 milhões de telespectadores acompanharam a entrevista do presidente francês, mais do que o dobro de sua última coletiva no dia 16 de maio do ano passado, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Mediamétrie, o Ibope francês.
A entrevista foi transmitida por diversos canais de TV. Só a transmissão na France 2, por exemplo, teve a audiência de 2,8 milhões de pessoas.
Durante a entrevista coletiva, o presidente se recusou a falar sobre sua vida pessoal, disse que seu casal enfrenta problemas e prometeu dar "explicações" antes da viagem aos Estados Unidos, no dia 11 de fevereiro.
O desemprego e o chamado Pacto de Responsabilidade que visa diminuir o custo social das empresas e relançar as contratações, são assuntos que acabaram sendo relegados a segundo plano.
O caso que ganhou as páginas dos jornais da França e no mundo todo foi revelado pela revista de fofoca "Closer", que flagrou o presidente de lambreta deixando o apartamento da atriz. O furo não poderia ter ocorrido em um pior momento : Hollande bate recordes de impopularidade e sua política é alvo constante de críticas.
Ministro comete gafe ao vivo
O ministro francês do Orçamento, Bernard Cazeneuve, cometeu uma gafe ao vivo nesta quarta-feira, se referindo à atriz Julie Gayet como companheira de Hollande.
Interrogado sobre uma possível nomeação de Gayet como jurada de um concurso promovido pelo Ministério da Cultura, ele negou a informação, mas acabou cometendo um ato falho.
"Ele não nomeou ninguém, sua companheira tem uma atividade artística", declarou, se corrigindo em seguida. “Para começar, ela não é sua companheira. E não tenho nada a dizer sobre esse assunto. O presidente da República, como qualquer francês, tem direito à sua privacidade."
O presidente já disse que não irá processar a revista, apesar de sua "indignação", mas a atriz entrou na Justiça contra a "Closer", de acordo com jornal Le Parisien.
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