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Imprensa Francesa

Encontro de Hollande com jornalistas acontece em seu "pior momento"

A expectativa sobre o encontro do presidente François Hollande com a imprensa, a consagração de Cristiano Ronaldo como Bola de Ouro da Fifa e até a repercussão da inflação alta no Brasil são destaques da imprensa francesa desta terça-feira, dia 14 de janeiro.

François Hollande durante uma entrevista coletiva no Palácio do Eliseu, em novembro de 2012.
François Hollande durante uma entrevista coletiva no Palácio do Eliseu, em novembro de 2012. AFP PHOTO / THOMAS SAMSON
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"É um encontro crucial, mas no pior momento para o presidente da República", escreve o Le Figaro ao se referir à tradicional entrevista coletiva de início de ano com a presença de 500 jornalistas do mundo inteiro.

Neste terceiro encontro com a imprensa, o chefe de estado deve esclarecer sua política para combater o desemprego crescente na França, a redução das despesas públicas e detalhar seu pacto de responsabilidade com as empresas para estimular o crescimento e a geração de empregos.

Além da alta taxa de impopularidade, Hollande se encontra com os jornalistas em meio à tormernta de sua vida privada com a revelação de um caso amoroso com uma atriz, por isso, o contexto é complicado para ele, avalia o Le Figaro.

Já o católico La Croix ouviu quatro empresários franceses sobre o que esperam de François Hollande sobre o chamado "Pacto de estabilidade", supostamente criado para melhorar a competitividade das empresas do país. Todos eles defendem uma redução da carga fiscal e dos custos trabalhistas.

Um dos empresários estima que um corte de 10% nos encargos representaria a criação de 10% de novos empregos. Em editorial, La Croix lembra que nessa aguardada entrevista coletiva, um assunto da esfera privada do presidente veio perturbar os temas mais urgentes do país.

O Libération adianta em sua manchete que Hollande não vai escapar de perguntas relacionadas à revelação da revista de celebridades Closer de que o chefe de estado teria um caso amoroso com a atriz de cinema Julie Gayet. O escândalo fez o Libé dedicar sua capa ao papel de primeira-dama que é exercido pela companheira de Hollande, Valérie Trierweiller.

No início, ela se negou a ter um papel puramente representativo, mas teve que ser muito mais discreta após algumas atitudes extremamente políticas. A referência do jornal é ao apoio manifestado por Valérie a um candidato adversário de Ségolene Royal, ex-companheira de Hollande, durante uma eleição local. Ela ainda defendeu o retorno à França de uma estudante de origem cigana expulsa do país, contrariando uma decisão do ministro do Interior, Manuel Valls.

Em editorial, o Libé afirma que as opiniões de Valérie Trierweiller interferiram nas do presidente e por isso o papel de primeira dama no debate político fez desaparecer a fronteira público-privado do casal presidencial francês.

Les Echos fez uma lista de 10 perguntas que o presidente francês deve responder no seu encontro com a imprensa. Entre elas, sobre a verdadeira dimensão da redução da carga fiscal das empresas, onde o governo pretende reduzir despesas e até sobre a confiança dele no primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault. Como está a relação dele com a companheira Valérie Trierweiller, também é uma pergunta na lista do Les Echos.

Inflação no Brasil

Em artigo de meia página, Les Echos diz que a inflação alta no Brasil preocupa os mercados. Apesar de medidas como a redução na conta de energia e do controle nos preços dos combustíveis e dos transportes, a taxa de inflação continua em alta e beirou os 6% no ano passado, afirma o jornal.

Há 4 anos o Brasil vem se distanciando de sua meta inflacionária de 4%, escreve o diário econômico. A desvalorização de 15% do Real foi uma boa notícia para o setor industrial mas corre o risco de alimentar a inflação, "um tema sensível para os brasileiros", lembra.

Bola de Ouro

"Ouro e Lágrimas", estampa o jornal L'Équipe com uma foto de Cristiano Ronaldo recebendo seu troféu Bola de Ouro de melhor jogador em 2013. Ao lado de Pelé, a imagem mostra ambos emocionados e chorando no palco.

Nenhum dos dois conseguiu conter as lágrimas: a lenda do futebol de 73 anos de idade e o português de 28 anos, um ícone do século 21 com 70 milhões de fãs no Facebook.

"Pelé foi coroado Rei de um esporte coletivo no século passado, e hoje, Cristiano Ronaldo simboliza o futebol moderno: o culto ao talento individual", escreve L'Équipe.
 

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