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Ato de terrorismo é descartado no ataque que deixou três feridos em estação de trem de Paris

Um homem suspeito de esfaquear três pessoas em uma das mais importantes estações de trem de Paris, a Gare de Lyon, foi preso e levado sob custódia policial na manhã de sábado (3), disseram as autoridades à AFP, sem especificar os motivos do agressor até o momento. A princípio, as autoridades não classificam o ato como "ato terrorista", pois aparentemente o suspeito "sofre de problemas psicológicos".

Soldados patrulham do lado de fora da estação Gare de Lyon após um ataque no sábado, 3 de fevereiro de 2024, em Paris. Um homem, de 32 anos, feriu três pessoas usando uma faca e um martelo. O incidente de segurança preocupa a cidade-sede dos Jogos Olímpicos antes da abertura dos Jogos de Verão, em seis meses.
Soldados patrulham do lado de fora da estação Gare de Lyon após um ataque no sábado, 3 de fevereiro de 2024, em Paris. Um homem, de 32 anos, feriu três pessoas usando uma faca e um martelo. O incidente de segurança preocupa a cidade-sede dos Jogos Olímpicos antes da abertura dos Jogos de Verão, em seis meses. © Christophe Ena / AP
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O ataque, que foi descartado como um atentado terrorista até o momento, ocorre menos de seis meses antes dos Jogos Olímpicos de Paris, onde 15 milhões de visitantes são esperados em meio a uma situação de segurança tensa.

A ação do suspeito, que ocorreu por volta das 07h35 locais em um saguão subterrâneo da Gare de Lyon (no sudeste da capital), deixou uma pessoa gravemente ferida no abdômen, mas sem risco de vida, e duas pessoas levemente feridas. Os feridos "foram tratados pelos serviços de emergência. Obrigado àqueles que controlaram o autor desse ato intolerável", disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, no X.

"Os golpes teriam sido infligidos com um martelo e uma faca - armas que estão sendo analisadas no momento", segundo a promotoria pública, que acrescentou que o suspeito havia sido levado sob custódia policial.

Uma investigação de tentativa de assassinato foi aberta, de acordo com o gabinete do promotor público de Paris. A Procuradoria Nacional Antiterrorismo disse que estava observando o caso. O prefeito da polícia de Paris, Laurent Nunez, esteve no local e afirmou que ato deste sábado é considerado isolado pelas autoridades, que não "sugerem que tenha sido um ato de terrorismo", acrescentando que o suspeito "claramente sofre de problemas psiquiátricos".

O suspeito

Fontes entrevistadas pela AFP concordaram que o homem tinha um "perfil de sem-teto" sem "sinais de religião", mas divergiram quanto à possibilidade de ele ter problemas psiquiátricos. Entretanto, uma fonte policial informou que ele tinha em seu poder "medicamentos para patologias psiquiátricas".

O homem, de nacionalidade malinesa, "foi inicialmente controlado por transeuntes" antes da intervenção de agentes ferroviários, que o entregaram à polícia. O suspeito "não gritou durante sua ação", acrescentou a fonte. "Ele apresentou à polícia uma carteira de motorista italiana" e teria residência legal na França. De acordo os documentos apresentados, ele nasceu em 1º de janeiro de 1992, e teria, portanto, 32 anos.

Um exame médico inicial declarou que seu estado de saúde era compatível com a custódia policial, disse outra fonte próxima ao caso, segundo a qual ele deveria se submeter a um exame psiquiátrico posterior.

Ato malicioso

Um jornalista da AFP observou que uma tela foi instalado para ocultar a cena. Mais de uma dúzia de policiais uniformizados e outros em trajes civis com braçadeiras laranja também estavam visíveis.

"A polícia e os serviços de emergência estão atualmente trabalhando nos saguões 1 e 3, tornando-os temporariamente inacessíveis", disse a empresa ferroviária nacional francesa SNCF no X. "O tráfego foi reduzido entre Paris Gare de Lyon e Montargis e entre Paris Gare de Lyon e Montereau", anunciou a operadora de transportes, referindo-se apenas a "um ato de malícia".

A Gare de Lyon é a estação principal mais movimentada da França. Em particular, é o ponto de partida de todos os trens TGV para os resorts de esqui durante as férias de inverno. Mais de 100 milhões de passageiros passam pela estação todos os anos, com serviços para o sudeste do país, para as regiões de Auvergne-Rhône-Alpes e Bourgogne-Franche-Comté, bem como para a Suíça e a Itália.

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