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Rússia desmente crimes de guerra após descoberta de vala comum e centenas de corpos em Izium

A Rússia chamou de "mentirosas" as informações sobre a descoberta de centenas de corpos e de uma vala comum em Izium, no leste da Ucrânia, após a retirada das forças de Moscou da região. 

Corpos exumados na floresta de Izium, em 16 de setembro de 2022
Corpos exumados na floresta de Izium, em 16 de setembro de 2022 AP - Evgeniy Maloletka
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"É uma mentira. Vamos defender a verdade nesta questão", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Segundo as autoridades ucranianas, na semana passada foram encontradas mais de 440 sepulturas e uma vala comum em uma floresta nas proximidades de Izium, cidade libertada pelas forças de Kiev da ocupação russa.

Desde o início da intervenção militar na Ucrânia, a Rússia negou em várias oportunidades ter cometido abusos ou crimes. "É o mesmo roteiro de Bucha", acrescentou Peskov, em referência a outra cidade da Ucrânia onde as forças russas foram acusadas de cometer crimes, o que Moscou nega.

O porta-voz do Kremlin também afirmou, nesta segunda-feira (18), que a península da Crimeia, anexada em 2014 por Moscou, é "parte integrante do território da Rússia", depois que autoridades ucranianas reiteraram que pretendem acabar com a "ocupação" russa. "Qualquer ataque contra o território russo receberá uma resposta apropriada", acrescentou Peskov.

Túmulos de civis e soldados ucranianos encontrados em um cemitério em Izium, na Ucrânia
Túmulos de civis e soldados ucranianos encontrados em um cemitério em Izium, na Ucrânia AP - Evgeniy Maloletka

Em Kupiansk, Izium e Balaklia, no leste da Ucrânia, cidades recém-recuperadas pelas forças ucranianas, há relatos de detenções arbitrárias e torturas realizadas pelos ocupantes. Na sexta-feira, o chefe da polícia nacional ucraniana, Igor Klymenko, havia anunciado a descoberta de "pelo menos dez salas de tortura na região de Kharkiv". O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, qualificou os ocupantes russos de "assassinos" e "torturadores".

Países ocidentais temem acidente nuclear em Zaporijia
Países ocidentais temem acidente nuclear em Zaporijia © AFP

Operadora acusa Rússia de bombardear central

A operadora nuclear ucraniana, Energoatom, acusou nesta segunda-feira a Rússia de ter bombardeado a zona industrial da central de Pivdennoukrainsk, no sul do país. "Uma forte explosão aconteceu a apenas 300 metros dos reatores", afirmou a Energoatom no Telegram.

"No momento, os três reatores da central estão funcionando de maneira regular", indicou a operadora pública. O ataque não provocou mortos ou feridos. O bombardeio quebrou os vidros de quase 100 janelas no edifício da central e forçou o desligamento por alguns minutos das três linhas de alta tensão da central.

"A Rússia coloca em perigo o mundo inteiro. Devemos interrompê-la antes que seja muito tarde, afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que divulgou um vídeo das câmeras de segurança que mostra uma grande explosão. Outra central nuclear ucraniana, a de Zaporíjia, ocupada por tropas russas, foi bombardeada diversas vezes nos últimos meses. Kiev e Moscou trocaram acusações sobre os bombardeios em Zaporíjia e o risco de provocar um acidente nuclear.

(Com informações da AFP)

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