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Com novo filme, Sean Penn faz as pazes com Cannes cinco anos após ser massacrado pela crítica

A tensão estava no ar. Cinco anos após ser vaiado e criticado em Cannes por “The Last Face”, Sean Penn voltou a subir o tapete vermelho do festival internacional de cinema, no sábado (10), com “Flag Day” (Dia da Bandeira, em tradução livre). Os aplausos generosos no final da sessão são sinal de que o cineasta fez as pazes com Cannes.

Sean Penn e a Dylan Penn trabalharam juntos no filme "Flag Day", dirigido por Penn e apresentado em Cannes.
Sean Penn e a Dylan Penn trabalharam juntos no filme "Flag Day", dirigido por Penn e apresentado em Cannes. Valery HACHE AFP
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Por Patricia Moribe, enviada especial a Cannes

Quando apresentou “The Last Face”, em 2018, a imprensa via o filme antes da exibição oficial, pela manhã. Ou seja, com tempo de as críticas e reações pipocarem pela internet antes de a equipe subir o tapete vermelho.

O filme, um romance sobre um médico humanitário (Javier Bardem) e uma colega (Charlize Theron) foi vaiado e massacrado pela imprensa. Dois anos depois desse episódio, a imprensa passou a ver os filmes em competição ao mesmo tempo, em outras salas, que a projeção oficial, com o compromisso de obedecer a um embargo. Tudo para não azedar uma noite tão especial para todo cineasta.

“Flag Day” é o sexto filme dirigido por Penn, o terceiro apresentado em Cannes e o primeiro em que ele está tanto atrás quanto na frente da câmera.

Como ator, ele levou em Cannes o prêmio de interpretação em “Loucos por Amor”, de Nick Cassavetes, há 25 anos. Em 2011, ele atuou no filme "This Must be the Place", de Paolo Sorrentino. O ator de 60 anos também já foi premiado duas vezes com o Oscar de melhor ator, por “Sobre Meninos e Lobos (2003) e “Milk – A Voz da Igualdade” (2008).

Ator e diretor Sean Penn durante filmagem de "Flag Day".
Ator e diretor Sean Penn durante filmagem de "Flag Day". © 2021 Metro-Goldwyn-Mayer Pictures Inc. All Rights Reserved.

Laços de família na tela

Em seu novo filme, baseado em uma história real, Penn vive John Vogel, um homem de extremos, de sonhos mirabolantes, fadado ao fracasso. O fio condutor durante um período de 20 anos – dos anos 1970 aos 1990 - é a relação que tem com a filha Jennifer, que não desiste de amar o pai.

Penn subiu o tapete vermelho com a sua filha na tela e na vida real, Dylan Penn, 30 anos, talvez o maior trunfo do filme, no papel da filha que consegue sair do caos familiar, mas não sem carregar pesadas cicatrizes desde a infância. O filho caçula no filme é também seu filho na vida real, Hopper Jack Penn.

“Flag Day” é um dos 24 longas que disputam a Palma de Ouro da 74ª edição do Festival de Cannes. O vencedor será anunciado no próximo sábado (17).

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