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Karim Ainouz recebe aplausos e Bolsonaro é vaiado em protesto no Festival de Cannes

O cineasta brasileiro Karim Ainouz apresentou nesta sexta-feira (9) o filme “O Marinheiro das Montanhas”, na mostra paralela “Sessões Especiais” do Festival de Cinema de Cannes. O final da sessão foi marcado por uma longa salva de aplausos e um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro.

Manifestantes em Cannes protestam contra Bolsonaro no final da projeção do filme "O Marinheiro das Montanhas", de Karim Ainouz (09/07/21)
Manifestantes em Cannes protestam contra Bolsonaro no final da projeção do filme "O Marinheiro das Montanhas", de Karim Ainouz (09/07/21) © Patricia Moribe/RFI
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Por Patricia Moribe, enviada especial a Cannes

“O Marinheiro das Montanhas” é um diário de bordo muito pessoal, em que Ainouz pega um navio em Marselha em direção à Argélia, para conhecer o povoado onde seu pai nasceu. É o pano de fundo para contar a história do encontro de seus pais, ou melhor, a sua própria história.

O filme junta imagens de arquivo, fotos antigas ou tiradas durante a viagem. O cineasta vai registrando o que vai vendo, as pessoas com que cruza, em busca de suas raízes. Ele conhece familiares, a casa onde seu pai nasceu, ao mesmo tempo em que se questiona e tenta juntar pedaços de uma história de amor da qual ele é o resultado.

A sessão foi aberta pelo presidente do festival, Thiérry Frémaux. Ele lembrou que o brasileiro veio pela primeira vez a Cannes há quase 20 anos, com o longa “Madame Satã”. Ainouz estava acompanhado de sua equipe, incluindo Walter Salles, um dos produtores do filme.

"Governo fascista"

O diretor fez uma introdução em inglês. Além de tentar recriar a história de amor dos pais, ele acrescentou que “é preciso lembrar também que, neste momento, milhares de pessoas estão morrendo no Brasil, por causa do descaso de um governo fascista”.

No final, junto com os créditos finais, os aplausos foram longos, acompanhados por gritos de “Fora Bolsonaro!”. Logo uma faixa se abriu na frente do palco com o frase: “BRASIL: 530.000 MORTOS FORA GÂNGSTER GENOCIDA”.

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