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Cinema

Morre ator Omar Sharif, estrela de Lawrence da Arábia e Doutor Jivago

Conhecido principalmente por sua interpretação em dois clássicos do cinema, Lawrence da Arábia e Doutor Jivago, o ator egípcio Omar Sharif morreu no Cairo, nesta sexta-feira (10), após um ataque cardíaco, aos 83 anos.

Omar Sharif no Festival de Veneza em 2009.
Omar Sharif no Festival de Veneza em 2009. AFP PHOTO / Damien Meyer
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Segundo seu agente, Steve Kenis, ele estava em um hospital especializado para pacientes com Alzheimer. A doença fez com que ele se afastasse dos cinemas em 2012, após uma última aparição em Rock The Casbah, de Laila Marrakchi, fechando uma carreira com mais de 60 filmes.

Sharif, cujo nome verdadeiro era Michel Shalhoub, começou a atuar nos anos 1950 e foi lançado ao estrelado ao atuar com Peter O'Toole no filme Lawrence da Arábia, que lhe valeu uma indicação ao Oscar. Seu maior sucesso foi o papel principal em Doutor Jivago (1965), adaptação do romance de Boris Pasternak que se passa durante a Revolução Russa.

Era conhecido por seu gosto pelo jogo de cartas e corridas de cavalo. Sharif nasceu em 10 de abril de 1932 em Alexandria, no norte do Egito, em uma família de negociantes de origem sírio-libanesa. Aos 11 anos, sua mãe, que o considerava muito gordo, o enviou a uma escola inglesa, Victoria College de Alexandria, na esperança de ser menos tentado pela comida.

O objetivo foi atingido e foi lá que ele descobriu o teatro e o inglês, que passou a falar com fluência, assim como o francês, o italiano e o grego. Após estudar Matemática e Física na Universidade do Cairo, aceitou trabalhar cinco anos com seu pai, apesar de já sonhar com os palcos.

Cidadão do mundo

Foi levado para o cinema pelas mãos do diretor Youssef Shahine, que o convidou para participar, em 1954, de Devil of the Sahara, seu primeiro filme. Durante as filmagens, conheceu a atriz egípcia Faten Hamama, com quem acabou se casando. Por causa da noiva, Omar Sharif, criado no rito grego-católico melkite, se converteu ao Islã antes de seu casamento. Em entrevistas mais recentes, admitiu ser agnóstico.

Mas foi Lawrence da Arábia (1962), de David Lean, que fez dele um astro internacional, recebendo uma indicação para o Oscar e levando o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante em 1963. Com Doutor Jivago, recebeu o Globo de Ouro de Melhor Ator por sua interpretação de um médico russo.

Sharif passou muitos anos vivendo entre a França, Itália e Estados Unidos antes de voltar a seu país natal. Coroado em 2003 com o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza pelo conjunto da obra, recebeu em 2004 o César francês de Melhor Ator por Monsieur Ibrahim et les fleurs du Coran, de François Dupeyron.

(Com informações da AFP).

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