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Estados Unidos/Racismo

Obama fará discurso fúnebre no enterro de pastor assassinado em Charleston

O presidente americano, Barack Obama, vai fazer o discurso fúnebre no enterro do senador democrata e pastor Clementa Pinckney, uma das nove vítimas do ataque à igreja da comunidade negra de Charleston. O vice-presidente Joe Biden também vai participar do funeral, marcado para sexta-feira (26).

No dia 18 de junho, Barack Obama e o vice Joe Biden reagiram com tristeza ao anúncio da morte de nove pessoas na igreja da comunidade negra de Charleston.
No dia 18 de junho, Barack Obama e o vice Joe Biden reagiram com tristeza ao anúncio da morte de nove pessoas na igreja da comunidade negra de Charleston. REUTERS/Jonathan Ernst
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Em uma entrevista nesta segunda-feira (22), Obama utilizou o termo pejorativo "nigger" (algo próximo a crioulo, em português), quase nunca usado em comentários públicos, para apontar o racismo persistente nos Estados Unidos e condenar os assasinatos cometidos na última quarta-feira pelo jovem Dylann Storm Roof, de 21 anos. Primeiro presidente negro da história do país, Obama disse que "os americanos ainda não estão curados do racismo".

"Não é apenas uma questão de não ser educado dizer 'nigger' em público. Não é uma questão de se o racismo ainda existe ou não. Não é apenas uma questão de discriminação evidente", disse Obama, ao apresentador do podcast "WTF", Mark Maron, em uma conversa de uma hora.

A declaração provocou uma série de reações polêmicas nas redes sociais. Segundo a Casa Branca, Obama utilizou o termo "nigger" de propósito, para provocar uma reflexão mais ampla sobre a questão racial na sociedade americana.

Logo após o massacre, Obama disse que havia "algo particularmente trágico" nas mortes que ocorrem em locais de prece, e que era "preciso reconhecer que esse tipo de violência não ocorre em outros países desenvolvidos."

Em 1962, Martin Luther King (1929-1968), pastor protestante e ativista político, assassinado por defender os direitos civis para os negros americanos, fez um discurso na igreja de Charleston onde aconteceram os assassinatos. 

Governadora pede retirada de bandeira confederada

Uma semana após o ataque, a governadora da Carolina do Sul, a republicana Nikki Haley, pediu ontem a retirada da polêmica bandeira confederada, hasteada na frente da Assembleia Legislativa estadual. A governadora disse que 150 anos depois do fim da guerra civil, a bandeira ainda "causa tristeza a muita gente" e é vista como um símbolo do racismo no sul dos Estados Unidos. Ela afirmou que usará sua autoridade para retirar a bandeira, caso os parlamentares não aceitem a proposta. Para o presidente Obama, "a bandeira confederada deve ficar no museu".

Dylann Roof, que tinha a intenção de "começar uma guerra racial" com o ataque à igreja, continua preso. O rapaz, que confessou os nove assasinatos, é investigado por "terrorismo doméstico" e como autor de um crime de ódio. A governadora da Carolina do Sul acredita que ele deve enfrentar a pena de morte caso seja condenado.

(Com informações da AFP)

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