Quem são os "Proud Boys", citados no debate entre Trump e Biden?
Aos 41 minutos do caótico primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA, na segunda-feira (29), o tema lançado é a respeito dos grupos de extrema direita e esquerda que estão por trás de muitas manifestações violentas no país. O jornal Le Figaro investiga quem são os “Proud Boys”, mencionados por Donald Trump.
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O mediador Chris Wallace pergunta ao candidato republicano: “você tem acusado Joe Biden por não criticar o Antifa [antifascistas] e outros grupos de extrema esquerda. Mas você está disposto a condenar supremacistas brancos e milícias e dizer a eles para se acalmar e não acrescentar violência como vimos em cidades como Kenosha e Portland”.
Trump concorda, mas retruca que a violência que vê vem da extrema esquerda. E a um certo momento, manda um recado enigmático: “Proud Boys [rapazes orgulhosos, em tradução livre], recuem, preparem-se”. Quem são esses rapazes orgulhosos? A explicação é do jornal francês Le Figaro.
“Trata-se de uma organização americana de extrema direita, que se autodenomina uma fraternidade, um ‘clube de homens’, que assume posições pró-Trump”, relata o Figaro. “A organização foi descrita como ‘um grupo de ódio’ pelo Southern Poverty Law Center, uma associação que monitora grupos de extrema direita”, acrescenta o jornal francês.
A organização estaria por trás da recente escalada de violência em comícios políticos realizados em universidades e em cidades como Charlottesville, Virginia, Portland, Oregon e Seattle, Washington”.
Marca pede que extremistas deixem de usar seus produtos
Os “Proud Boys”, explica Le Figaro, cultuam um ideal de força, em grande parte impregnado de misoginia e racismo. O grupo defende o porte de arma de fogo, a violência, o “empreendedorismo” e a “dona de casa”, enquanto se opõe ao “politicamente correto” e à imigração.
Muitos “proud boys” podem ser reconhecidos pelas camisas polo da marca Fred Perry, na cor preta, com detalhes amarelos. A grife já chegou a pedir que o grupo deixe de usar seus produtos. Em setembro de 2020, Fred Perry anunciou que estava parando de vender suas camisas polo nos Estados Unidos e no Canadá.
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