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Rússia/Greenpeace

Militantes do Greenpeace violaram leis internacionais, diz Putin

O presidente russo Vladimir Putin disse nesta quarta-feira que os militantes do Greenpeace detidos em Mourmansk, entre eles a brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, infringiram as leis internacionais tentando ocupar uma plataforma de petróleo no Ártico. Putin afirmou que não se trata de um crime de pirataria, como foram acusados os ambientalistas.

A tripulação do quebra-gelo do Greenpeace Arctic Sunrise, entre eles a ativista brasileira Ana Paula Alminhama Maciel, podem ser processados, acusados de pirataria.
A tripulação do quebra-gelo do Greenpeace Arctic Sunrise, entre eles a ativista brasileira Ana Paula Alminhama Maciel, podem ser processados, acusados de pirataria. REUTERS/Stringer
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O presidente russo falou sobre o assunto durante um Fórum sobre o Ártico em Salekhard, no norte do país. "Está mais do que claro de que não se tratam de piratas, mas eles tentaram invadir uma plataforma", disse o chefe de estado, ressaltando que o ato era "uma violação clara do direito internacional."

Na quinta-feira passada, um grupo de 30 ambientalistas tentou entrar na plataforma Prirazlomnayan, da Gazprom, no Ártico. Entre eles está a brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, 31 anos, que faz parte da ONG desde 2006. Os ativistas foram presos pela guarda de fronteira e o navio holandês da organização, o Artic Sunrise, foi apreendido.

Inicialmente eles foram acusados de pirataria pelas autoridades russas, crime passível de 15 anos de prisão, mas hoje Putin disse que os ativistas "não eram piratas."

Um sinal de que as sanções contra os ambientalistas poderão ser mais leves do que o previsto."Os policiais não sabiam que se tratavam de integrantes de uma organização ambiental", explicou o presidente russo.

Segundo ele, com o atentado no Quênia, "podia-se imaginar tudo." Ele afirmou que os ativistas se aproximaram a uma distância perigosa da plataforma.

Os militantes foram transferidos para centros de detenção provisória após terem chegado ontem a Mourmansk, no noroeste do país onde foram interrogados.

O comitê russo de investigação confirmou através de comunicado que os 30 tripulantes do navio estão em prisão preventiva como suspeitos. Os estrangeiros serão interrogados na presença de intérpretes.

Putin ressaltou que excluía a possibilidade de renunciar à exploração do petróleo na região, como reinvidica o Greenpeace. "Não é possível colocar um ponto final nisso. Mas a questão é como prejudicar a natureza o mínimo possível, reduzindo o prejuízo", defendeu.

 

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