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Epidemias e pouca comida: entrada parcial de ajuda humanitária não resolve situação no norte de Gaza

Duas semanas após Israel abrir, sob pressão internacional, um ponto de passagem adicional entre o seu território e o norte da Faixa de Gaza, a situação na região começa a melhorar, mas continua crítica. Os moradores reclamam das condições sanitárias precárias e do acesso difícil à comida.

Homem carrega um saco diante de um prédio destruído pelos ataques israelenses no norte da Faixa de Gaza.
Homem carrega um saco diante de um prédio destruído pelos ataques israelenses no norte da Faixa de Gaza. AFP - -
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Nicolas Benita e Guilhem Delteil, enviados especiais da RFI a Jerusalém 

Há dois meses, Jumana praticamente não encontrava comida no norte da Faixa de Gaza. Como outros moradores da região, ela era obrigada a usar a ração para animais misturada com água da chuva para fazer pão. Desde que Israel, pressionado pela comunidade internacional, anunciou que o país abriria um ponto de passagem entre seu território e a Faixa de Gaza, a situação mudou.

Mas essa abertura, que permite a entrada de mantimentos no enclave palestino, não soluciona todos os problemas. “A ajuda humanitária começou a chegar ao norte da Faixa de Gaza de forma intermitente e limitada. Existem algumas padarias que também abrem suas portas aos poucos. Mas para comprar pão é preciso esperar várias horas”, conta Jumana.

A chegada da ajuda humanitária ainda é precária. Muitas estradas estão destruídas e o acesso ao combustível limitado. Além disso, a ausência de qualquer tipo de autoridade local começa a se sentir no contexto sanitário.

“Com o acúmulo de lixo diante das casas e nas ruas, assistimos a uma propagação de doenças, de epidemias, de insetos e de ratos”, conta a moradora, que espera que a pressão internacional consiga resultar em uma trégua na região.

Macron pede cessar-fogo

Em uma conversa telefônica nesta segunda-feira (22) com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu um “cessar-fogo imediato” e perene na Faixa de Gaza. O chefe de Estado também condenou a intensificação dos ataques violentos de colonos na Cisjordânia ocupada, lembrando que a colonização “constitui uma violação do direito internacional”.

Segundo a presidência francesa, Macron falou de sua preocupação com uma possível “escalada militar generalizada” na região, principalmente após o ataque do Irã contra Israel, qualificado por pelo chefe de Estado de “inaceitável”.

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