Farejadores, como a cadela Diesel, são indispensáveis no combate ao terrorismo

A pastora belga foi atingida pela explosão de uma mulher-bomba na manhã desta quarta-feira (18), em Saint-Denis, na periferia de Paris. Desde 1900 a Polícia Nacional da França utiliza cães em operações de apoio e vigilância. Com a criação de uma tropa de intervenção (RAID), há 30 anos, o pastor belga malinois foi escolhido como a raça preferencial para o tipo de trabalho desenvolvido pela tropa.

Diesel: morta em operação policial antiterrorista. Tweet/RAID

A cadela Diesel integrava a RAID, a tropa de elite da Polícia Nacional francesa, especializada em ações antiterroristas, sobretudo com a presença de reféns. Na manhã desta quarta-feira, Diesel fazia parte da operação que cercou uma célula do grupo Estado Islâmico, escondida num prédio em Saint-Denis.

A cadela foi morta pelo impacto da explosão da mulher-bomba, a primeira mulher suicida a integrar um grupo terrorista na França, que ainda feriu cinco policiais.

“Diesel, uma malinois de sete anos, cadela de assalto da RAID, foi morta pelos terroristas na operação em curso. Os cães de assalto e de detecção de explosivos são indispensáveis nas missões dos membros da RAID”, informou um Tweet da Polícia Nacional.

Os cães das tropas de intervenção

Na França, os cães da polícia são treinados para dar apoio na proteção a altas autoridades, sendo capazes de detectar até oito tipos de substâncias explosivas.

Destemido, rápido e inteligente, o malinois recebe e compreende comandos através de gestos, no silêncio que pode ser exigido numa operação de cerco policial.

Quando fareja explosivos sob o automóvel de uma autoridade, o cão se deita. Se o explosivo está dentro do automóvel, o malinois se senta. De prêmio, por salvar a vida de um político ou, quem sabe, um presidente da república, o cão ganha uma salsicha.