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Milhares de pessoas pedem “vingança” durante funeral de vítimas de atentados do Estado Islâmico no Irã

Milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira (5) em Kerman do funeral das vítimas do duplo atentado que deixou, na quarta-feira (3), mais de 80 mortos e mais de 300 feridos. A multidão pedia vingança.

Au cris de «vengeance, vengeance», «mort à Israël» et «mort à l’Amérique», une foule importante a demandé au chef des Gardiens de la révolution de venger la mort de dizaines de personnes lors du double attentat de mercredi à Kerman. Image fournie par la présidence iranienne.
Au cris de «vengeance, vengeance», «mort à Israël» et «mort à l’Amérique», une foule importante a demandé au chef des Gardiens de la révolution de venger la mort de dizaines de personnes lors du double attentat de mercredi à Kerman. Image fournie par la présidence iranienne. AFP - -
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Siavosh Ghazi, correspondente da RFI em Teerã

O funeral começou no pátio da mesquita Emam Ali, onde uma multidão enlutada se reuniu em frente a dezenas de caixões envoltos em bandeiras iranianas, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal. As vítimas de Kerman foram enterradas no cemitério dos mártires, perto do túmulo de Qassem Soleimani. Os demais foram transferidos para suas cidades de origem.

Muitas pessoas agitaram, além da bandeira iraniana, a do Hezbollah libanês, movimento xiita aliado de Teerã, e retratos de Qassem Soleimani. O presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, e o general Hossein Salami, líder da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irã, participaram do funeral.

Rïssi, que visitou o túmulo de Qassem Soleimani, afirmou num discurso que o grupo Estado Islâmico foi “treinado” por Israel, o inimigo jurado da República Islâmica.

Aos gritos de “vingança”, “morte a Israel” e “morte à América”, a multidão exigia que o líder da Guarda Revolucionária vingasse a morte de dezenas de pessoas, incluindo 44 mulheres e crianças, durante os ataques em Kerman.

O general Hossein Salami afirmou que as vítimas foram vingadas antecipadamente com a ajuda prestada aos vários grupos que atualmente lutam contra Israel em Gaza, mas também através das ações do Hezbollah, dos houthis no Iêmen e de grupos xiitas no Iraque e na Síria.

Promessa divina

Dirigindo-se aos membros do grupo Estado Islâmico, que assumiu a responsabilidade pelos atentados, Hossein Salami disse: “Vocês são apenas agentes do regime sionista e dos Estados Unidos”.

Por sua vez, o presidente iraniano Ebrahim Raissi voltou responsabilizar Israel, afirmando que o fim do Estado judeu estava próximo. “Hoje, matam mulheres e crianças em Gaza. Mas sabemos que esta é a promessa divina e que o fim do Dilúvio de Al-Aqsa (nome da operação do Hamas em Israel em 8 de outubro) será o fim do regime sionista. Se deus quiser”, afirmou.

“A vingança é o mínimo que o inimigo deve esperar”, acrescentou o presidente iraniano. Apesar das declarações, o líder iraniano não indicou como vão reagir.

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