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Gaza: Pelo menos 45 pessoas morrem em bombardeio israelense ao campo Maghazi

Pelo menos 45 pessoas foram mortas e outras cem ficaram feridas em um bombardeio israelense na noite de sábado (4) contra o campo de refugiados Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, de acordo com um relatório publicado neste domingo (5) pelo Ministério da Saúde do Hamas.

Palestinos sobre os escombros de uma casa destruída por um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza, sábado, 4 de novembro de 2023.
Palestinos sobre os escombros de uma casa destruída por um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza, sábado, 4 de novembro de 2023. AP - Abed Khaled
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“O número de ‘mártires’ no massacre de Maghazi aumentou para 45”, afirmou o Ministério em um comunicado. O porta-voz do Ministério, Ashraf Al-Qudra, relatou inicialmente “mais de 30 ‘mártires’” transportados para o hospital “após o massacre cometido pela ocupação no campo Maghazi”. A maioria das vítimas “são crianças e mulheres”, acrescentou o Ministério, afirmando que as casas foram diretamente visadas.

Um jornalista da agência turca Anadolu denunciou que sua casa desabou parcialmente quando um ataque aéreo atingiu as casas de seus vizinhos no campo Maghazi, matando muitas pessoas, incluindo dois dos seus filhos.

"Um ataque aéreo israelita teve como alvo a casa dos meus vizinhos no campo de Maghazi, a casa vizinha ruiu parcialmente e meus filhos Ahmed, 13 anos, e Qais, 4 anos, e meu irmão foram mortos, enquanto minha mulher, minha mãe e dois dos meus filhos ficaram feridos”, declarou Muhammad Alaloul, de 37 anos.

Nos escombros de uma casa destruída por um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza, sábado, 4 de novembro de 2023.
Nos escombros de uma casa destruída por um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza, sábado, 4 de novembro de 2023. Mahmud Hams AFP

Quando questionado, um porta-voz do exército israelense respondeu que estava verificando se as forças israelenses estavam operando na área do campo de Maghazi. Na sexta-feira (3), o exército israelense admitiu ter atingido uma ambulância em frente ao Hospital Al-Shifa, alegando que o veículo estava sendo “usado” pelo Hamas. Este atentado deixou 15 mortos e 60 feridos, de acordo o Ministério da Saúde do Hamas.

Biden diz “sim” à pausa humanitária

Combates entre soldados israelenses e combatentes do Hamas ocorreram no sábado na Faixa de Gaza, onde o movimento islâmico palestino anunciou a suspensão da retirada de estrangeiros e de binacionais para o Egito, devido à recusa de Israel em permitir a saída dos palestinos feridos, sob o risco de que membros do Hamas estejam entre eles.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, relatou no sábado avanços na garantia de uma pausa humanitária nesta guerra. Questionado se houve progresso neste assunto, Biden respondeu “sim” com um sinal de positivo ao sair de uma igreja.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, se reuniu com seus colegas dos países árabes em Amã, após uma visita a Israel, e reiterou seu apelo a “pausas humanitárias”, visando ajudar a proteger os civis e canalizar mais ajuda para a Faixa de Gaza sitiada.

Ele reiterou, no entanto, que seu país considera que um cessar-fogo apenas “manterá o Hamas”, considerado um grupo “terrorista” pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel. Israel rejeitou na sexta-feira os apelos a “pausas humanitárias”, exigindo a libertação dos reféns levados para Gaza em 7 de outubro pelo grupo islâmico palestino.

Meninos em uma sala de aula destruída por um ataque israelense a uma escola administrada pela ONU no campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.
Meninos em uma sala de aula destruída por um ataque israelense a uma escola administrada pela ONU no campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. © Mohammed Faiq / AFP

Ataques a escolas

No sábado, um dos bombardeios israelenses atingiu uma escola da ONU onde palestinos deslocados estavam abrigados no campo de refugiados de Jabaliya, matando 15 pessoas. O Hamas também relatou na noite de sexta-feira um ataque a uma escola transformada em um abrigo improvisado para deslocados no norte da Faixa de Gaza, deixando 20 mortos e dezenas de feridos.

De acordo com um relatório publicado no sábado pelo governo do Hamas, 9.488 pessoas, principalmente civis, incluindo cerca de 3,9 mil crianças, foram mortas por ataques israelenses na Faixa de Gaza desde o início do conflito desencadeado pelo ataque do movimento islâmico palestino Hamas ao território israelense, em 7 de outubro.

Em Israel, pelo menos 1,4 mil pessoas foram mortas, de acordo com as autoridades, desde 7 de outubro, a maioria delas civis no dia do ataque do Hamas. Informações do exército apontam que o Hamas também mantém 241 reféns.

(Com informações da AFP)

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