EUA anunciam novas sanções contra russos acusados de deportação de crianças ucranianas
Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (24), novas sanções contra entidades e indivíduos russos acusados de estarem envolvidos na deportação de crianças ucranianas. As novas sanções dizem respeito a 11 indivíduos russos, incluindo funcionários regionais responsáveis pelos direitos das crianças, cujos bens nos Estados Unidos serão congelados.
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“Os EUA não vão permanecer calados enquanto a Rússia comete estes crimes de guerra e contra a humanidade”, disse a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao anunciar as sanções durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU que coincidiu com o Dia da Independência na Ucrânia.
Além dos homens russos, as sanções também dizem respeito a duas entidades: o “acampamento de férias” Artek na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014, e um campo de “reeducação” para crianças na Chechênia.
O departamento de Estado também anunciou que tomará medidas de restrição de vistos contra três funcionários russos acusados de envolvimento na violação dos direitos de menores ucranianos.
"A Rússia e os seus representantes prenderam crianças que fugiam da violência, forçaram crianças a sair de escolas e orfanatos, e os representantes locais enganaram ou coagiram os pais a enviarem os seus filhos para os chamados campos de verão, e recusaram-se a devolvê-los", declarou Linda Thomas-Greenfield, evocando nestes campos a “lavagem cerebral” das crianças, até mesmo dos treinos militares.
"Justificar o injustificável"
“Ouvem-se as autoridades russas dizerem que estas transferências de crianças fazem parte de evacuações humanitárias. Mas isto é uma distorção grosseira da realidade e uma tentativa fútil de justificar o injustificável”, insistiu ela.
A embaixadora também se referiu a relatos de que as autoridades bielorrussas ajudaram a transportar crianças ucranianas para campos na Bielorrússia.
O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin pela “deportação ilegal” de milhares de crianças ucranianas desde fevereiro de 2022. As acusações são negadas por Moscou.
(Com AFP)
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